Amnistia alerta para uso de fósforo branco na operação de Mossul
A Amnistia Internacional alertou hoje para o perigo que representam as munições de fósforo branco, defendendo que não deviam ser utilizadas durante a operação para recuperar a cidade iraquiana de Mossul, em áreas onde haja civis.
© Reuters
Mundo Iraque
O Iraque iniciou na semana passada uma grande ofensiva para retomar Mossul ao controlo do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), e as forças do país estão a apertar o cerco à cidade a norte, leste e oeste.
A organização não-governamental de defesa dos direitos humanos indicou ter recebido provas fotográficas credíveis e depoimentos de testemunhas que apontam para a utilização de fósforo branco, geralmente usado para criar cortinas de fumo, a norte de uma aldeia situada a leste de Mossul.
"O fósforo branco pode causar ferimentos horríveis, queimaduras profundas que vão até aos músculos e aos ossos", sublinhou a principal conselheira para resposta a situações de crise da Amnistia, Donatella Rovera, em comunicado.
"É possível que algum fósforo arda só parcialmente e possa depois incendiar-se semanas depois de ter sido lançado", disse Rovera.
A organização apelou às forças iraquianas e da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos, que estão também a disparar fogo de artilharia para apoiar a operação de Mossul, para que não usem fósforo branco em áreas onde haja agora civis ou venha a haver em breve.
O EI ocupou grandes parcelas de território a norte e oeste de Bagdad em 2014, mas perdeu, desde então, terreno para as forças iraquianas, e Mossul é agora a última cidade do país ainda nas mãos do grupo jihadista.
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