Ativista de Hong Kong exige explicações após detenção na Tailândia
Joshua Wong, líder dos protestos pró-democráticos de 2014 em Hong Kong, pediu hoje ao governo local para esclarecer se é um homem procurado no estrangeiro, depois de ter sido expulso da Tailândia, onde esteve detido 12 horas.
© Reuters
Mundo Joshua Wong
As autoridades tailandesas negaram a Wong a entrada no país, na quarta-feira, mantendo-o detido durante 12 horas numa cela em Banguecoque, tendo sido depois repatriado para Hong Kong.
O jovem ativista de 19 anos pediu hoje ao governo da Região Administrativa Especial de Hong Kong que "esclareça a verdade sobre o incidente" porque o governo tailandês justificou a detenção com base em "ordens do governo chinês".
O chefe da Junta Militar da Tailândia disse, horas depois da chegada de Joshua Wong a Banguecoque, que a expulsão do ativista, natural de Hong Kong, era um "assunto da China".
Wong, um dos fundadores de um partido político que surgiu depois dos protestos pró-democráticos em Hong Kong, em 2014, exigiu ao governo que esclareça se é "um homem procurado ou não".
Caso a resposta seja positiva, Wong quer saber em que países é procurado.
Em maio de 2015, Wong foi deportado da Malásia depois de as autoridades locais terem impedido o ativista de direitos humanos de entrar no país para participar em vários seminários sobre o movimento pró-democrático de Hong Kong e o Massacre de Tiananmen (1989).
Wong, numa entrevista difundida por uma estação de rádio de Hong Kong sublinhou que um país tem todo o direito de negar a entrada a qualquer pessoa mas considera "incompreensível" que a medida seja tomada como base numa "lista negra" de outro país, referindo-se à República Popular da China.
Wong tinha sido convidado para uma conferência marcada para hoje sobre o movimento democrático de Hong Kong que surgiu durante os protestos de 2014.
De acordo com o relato de Wong, mais de duas dezenas de polícias esperavam por ele no aeroporto da capital tailandesa, tendo depois permanecido detido durante 12 horas antes de ter sido expulso e repatriado.
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