Proteção de Jornalistas condena assassinato de escritor jordano
A Comissão para a Proteção de Jornalistas (CPJ) condenou hoje o assassinato em Amman do escritor jordano Nahed Hattar, julgado por difundir uma caricatura consideradas blasfema.
© Reuters
Mundo Comissões
O coordenador do programa da CPJ para o Médio Oriente e Norte de África, Sherif Mansur, assegurou, num comunicado, que o assassinato de Hattar "é o resultado direto da falta de compromisso" das autoridades jordanas com a liberdade de expressão.
Mansur pediu ao governo jordano que leve o assassino à justiça e altere o tratamento da liberdade de imprensa, além de proteger "as vozes críticas" no país.
Hattar foi baleado quando se dirigia ao Palácio da Justiça para uma sessão do julgamento em que era acusado de publicar material que pode "provocar o conflito sectário e insultar os sentimentos e crenças religiosas".
O escritor cristão, de 55 anos e defensor do presidente sírio, Bashar al-Assad, estava a ser julgado por publicar, na sua conta do Twitter, uma caricatura que mostrava um muçulmano no paraíso, deitado na cama com uma mulher e pedindo a Alá que lhe servisse vinho.
A publicação suscitou reações indignadas nas redes sociais e as autoridades jordanas decidiram tomar medidas legais contra Hattar, que foi preso no início de agosto e estava em prisão preventiva há cerca de um mês.
O Governo jordano e o principal grupo da oposição, a Irmandade Muçulmana, condenaram o homicídio.
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