"O Reino de Marrocos apresentou oficialmente um pedido para aceder ao Ato Constitutivo da União Africana e, dessa forma, tornar-se membro da União", informou a UA num comunicado.
Em julho, Rabat manifestou a intenção de reintegrar a organização numa mensagem enviada pelo rei Mohammed VI aos dirigentes da UA reunidos em cimeira em Kigali, na qual afirmava ser chegada a altura de "Marrocos reencontrar o seu lugar natural no seio da sua família institucional".
Marrocos decidiu em 1984 abandonar a Organização de Unidade Africana (OUA) -- a que sucedeu a UA -- em protesto pela adesão da República Árabe Saarauí Democrática (RASD), também designada Saara Ocidental.
A independência daquela antiga colónia espanhola anexada por Marrocos foi proclamada em 1976 pela Frente Polisário (Frente para a Libertação do Saara Ocidental).
Sucederam-se anos de luta armada, até à declaração de um cessar-fogo em 1991. Um referendo sobre o estatuto do território então prometido não se realizou até hoje.
Quando manifestou a intenção de integrar a UA, o rei Mohammed VI afirmou que ela não implica qualquer renúncia aos direitos de Marrocos sobre o Saara Ocidental.
O regresso de Marrocos à organização tem de ser votado favoravelmente pela Comissão da UA.