Meloni saúda "forte unidade" do Ocidente sobre guerra na Ucrânia

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, considera que a reunião hoje promovida pelo chanceler alemão, Friedrich Merz, antes da cimeira do Alasca sobre a guerra na Ucrânia, revelou uma "forte unidade" do Ocidente com vista a "uma paz justa".

Giorgia Meloni, Itália,

© FILIPPO MONTEFORTE/AFP via Getty Images

Lusa
13/08/2025 18:14 ‧ há 1 hora por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

Meloni, que participou numa videoconferência juntamente com os líderes da Ucrânia, União Europeia (UE), NATO, Alemanha, Reino Unido, França, Polónia e o próprio Presidente norte-americano, Donald Trump, dois dias antes de este se reunir com o homólogo russo, Vladimir Putin, em Anchorage, ficou "muito satisfeita com a unidade de intenções e a capacidade de diálogo que o Ocidente está a demonstrar diante de um desafio fundamental para a segurança e a defesa do direito internacional", lê-se num comunicado do seu gabinete.

 

"A discussão revelou uma forte unidade de pontos de vista ao reiterar que uma paz justa e duradoura não pode prescindir de um cessar-fogo, do apoio contínuo à Ucrânia, da manutenção da pressão coletiva sobre a Rússia, também através do instrumento das sanções, e de garantias de segurança sólidas e credíveis ancoradas no contexto euro-atlântico", indica o comunicado do Palácio Chigi, sede do Governo italiano.

Segundo Roma, na sua intervenção, Meloni "expressou o seu apreço pelos esforços envidados pelo Presidente Trump, reiterando a importância de continuar a trabalhar com os Estados Unidos para pôr fim ao conflito e alcançar uma paz que garanta a soberania e a segurança da Ucrânia, e agradeceu ao Presidente [ucraniano, Volodymyr] Zelensky pela seriedade demonstrada até agora na busca de uma solução diplomática".

Apontando que também teve hoje lugar uma reunião virtual da chamada «coligação de voluntários» - países aliados de Kiev dispostos a ajudar nas garantias de segurança que a Ucrânia reclama quando terminar a agressão militar russa -, Meloni saudou igualmente a participação dos Estados Unidos, através do vice-presidente JD Vance, "na sequência do que aconteceu pela primeira vez em Roma, à margem da Conferência sobre a reconstrução da Ucrânia, em julho".

"Agora é hora de ver qual será, no Alasca, a atitude da Rússia, que até agora não pretendeu dar nenhum passo significativo", conclui o comunicado do Palácio Chigi.

A base militar de Elmendorf-Richardson, em Anchorage, no estado norte-americano do Alasca, vai acolher na sexta-feira uma cimeira entre Trump e Putin, com vista a um acordo de paz para o conflito na Ucrânia, tratando-se da primeira reunião entre os líderes de Estados Unidos e Rússia desde que Moscovo lançou a invasão em grande escala da Ucrânia, em fevereiro de 2022.

A invasão desencadeou um conflito considerado como a situação mais grave de segurança na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

O Presidente ucraniano não foi convidado para estar presente na reunião de sexta-feira, mas já se opôs à possibilidade levantada por Donald Trump de haver cedências de território.

Também Merz, que promoveu as reuniões de hoje, nas quais participou ao lado de Zelensky, que se deslocou a Berlim, a Ucrânia "deve estar à mesa" das negociações após a cimeira de Anchorage.

Leia Também: Trump: Se Putin não acabar com guerra haverá "consequências muito graves"

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