Bolívia. Evo Morales diz que vence eleições se voto nulo dominar

O antigo presidente da Bolívia Evo Morales considerou hoje que será o vencedor das eleições gerais de domigo se o voto nulo dominar o escrutínio, defendendo não existir um candidato que represente o povo boliviano.

Evo Morales, Bolívia,

© FERNANDO CARTAGENA/AFP via Getty Images

Lusa
13/08/2025 19:43 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Bolívia

"Imaginem, se o voto nulo ganhar as eleições (...) se no domingo o voto nulo obtiver 25%, Evo ganhou as eleições", afirmou o antigo chefe de Estado (2006-2019), durante uma ação de campanha, numa localidade do Trópico de Cochabamba, bastião político e sindical de Morales.

 

Evo Morales disse existirem muitas razões para escolher o voto nulo, sublinhando que não há um único candidato que represente o povo.

"Esta eleição visa resgatar a direita e não o povo boliviano, uma democracia sem povo, sem a Bolívia profunda, sem o movimento indígena, sem o movimento popular", declarou.

Para o antigo presidente, uma segunda volta entre os dois candidatos mais votados, mas que não ultrapassem o voto nulo, "não tem legitimidade".

Nas últimas sondagens pré-eleitorais o empresário da oposição Samuel Doria Medina, da aliança Unidade obteve 21,2% das intenções de voto, enquanto o antigo presidente Jorge Tuto Quiroga (2001-2002), da Aliança Livre, também oposição, obteve 20%.

Os votos nulos rondam os 14,6%, os votos em brancos 5,2% e a percentagem de indecisos 13,3%, totalizando 33,1% de eleitores sem um candidato escolhido.

A Constituição boliviana estabelece que o candidato eleito à presidência deve ter mais de 50% dos votos válidos ou no mínimo 40%, com uma diferença de 10 pontos sobre o candidato em segundo lugar.

Ao abrigo da legislação, os votos nulos e em branco não são contabilizados e são considerados apenas para efeitos estatísticos.

Se os votos nulos e em branco constituírem a maioria no processo, a eleição dos novos responsáveis será baseada em votos válidos, mesmo que em minoria.

Evo Morales, impossibilitado de se candidatar à presidência por não ter um partido e por estar constitucionalmente inabilitado, apelou, há duas semanas, para o voto nulo, rejeitando "a direita" e o governo de Luis Arce.

O antigo presidente demitiu-se do partido que fundou, Movimento ao Socialismo (MAS), depois de perder a liderança de quase 30 anos e afastou-se de Luís Arce devido a divergências sobre a condução do governo e a candidatura presidencial do partido.

Leia Também: EUA podem influenciar eleições na Bolívia de forma indireta

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