A Missão de Observação das Nações Unidas sobre os Direitos Humanos na Ucrânia (HRMMU, na sigla em inglês) confirmou 286 mortos e 1.388 feridos durante o mês de julho.
"Pelo segundo mês consecutivo, o número de vítimas civis na Ucrânia atinge um novo recorde em três anos. Apenas nos primeiros três meses após o lançamento da invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia, houve mais mortos e feridos do que no último mês", referiu a diretora da missão, Danielle Bell, citada pelas agências internacionais.
O elevado número de baixas em julho confirmou a tendência de aumento constante das baixas civis em 2025. O número de vítimas durante os primeiros sete meses do ano foi 48% superior ao do mesmo período de 2024.
Durante o mês de julho, a HRMMU verificou baixas civis em 18 das 24 regiões do país.
O uso de armas de longo alcance causou quase 40% das baixas, enquanto os drones de curto alcance foram a segunda causa de baixas civis, com 24%. As bombas utilizadas nos bombardeamentos aéreos causaram o maior aumento de vítimas civis em comparação com o mês anterior, segundo os dados da missão da ONU.
A missão lembrou que, em 31 de julho, um ataque com mísseis contra Kyiv causou o maior número verificado de vítimas civis na capital ucraniana desde 2022, com 31 mortos e 171 feridos.
No entanto, destacou a HRMMU, o aumento do número de vítimas civis em julho ocorreu principalmente ao longo da linha da frente.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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