42 mortos em naufrágio de embarcação com migrantes no Mediterrâneo
Pelo menos 42 pessoas morreram e 150 foram socorridas hoje após o naufrágio de uma embarcação com migrantes no Mediterrâneo, perto das costas egípcias, ponto de partida de um crescente número de pessoas para uma perigosa travessia em direção à Europa.
© Reuters
Mundo Balanço
As operações de salvamento prosseguiam para encontrar eventuais passageiros do navio de migrantes que naufragou perto de Rosetta, costa norte do Egito, indicaram responsáveis policiais à agência noticiosa France-Presse (AFP).
"Há 42 mortos", indicou à AFP o porta-voz do ministério da Saúde, Khaled Megahed, ao rever em alta o anterior balanço de 30 mortos.
Outro responsável do ministério, Adel Khalifa, referiu que entre as vítimas se incluem "egípcios, sudaneses e outras nacionalidades africanas ainda não determinadas".
O primeiro-ministro, Cherif Ismail, pediu em comunicado que sejam fornecidos "todos os cuidados necessários aos sobreviventes" e apelou à perseguição judicial "dos responsáveis do naufrágio".
Desde o início da primavera, foram socorridos um crescente número de barcos de pesca que têm partido da costa norte do Egito com centenas de pessoas a bordo, mas nunca foi registado um incidente com estas dimensões.
Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, as partidas de barco desde o Egito constituem 10% das chegadas à Europa.
Este naufrágio surge meses após responsáveis da agência de gestão de fronteiras da União Europeia (Frontex) terem alertado para o crescente número de migrantes que tentam alcançar a Europa a partir do Egito, um novo ponto de partida para a perigosa travessia e que surge na sequência do encerramento da rota dos Balcãs e do acordo UE-Turquia sobre migrações e refugiados.
As embarcações disponibilizadas pelos traficantes estão muitas vezes em mau estado e sobrelotadas com passageiros que pagaram a viagem.
De acordo com a ONU, mais de 10.000 pessoas morreram desde 2014 quando tentavam atravessar o Mediterrâneo em direção à Europa.
"O Egito está a tornar-se num país de partida", tinha já referido em junho o diretor executivo da Frontex, Fabrice Leggeri, numa entrevista a periódicos regionais alemães.
"Este ano, [até essa data], 1.000 embarcações vindas Egito chegaram a Itália", disse.
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