UE pede à Indonésia fim da pena de morte. Há 14 execuções agendadas
A União Europeia (UE) apelou hoje à Indonésia a abolição da pena de morte e que não aplique a pena capital a 14 pessoas condenadas a essa sentença, cujas execuções estão previstas para os próximos dias.
© Reuters
Mundo Mogherini
"A União Europeia pede ao país para parar todas as execuções e considerar unir-se à ampla comunidade de mais de 140 estados que aboliram a pena de morte ou que adotaram uma moratória", disse um porta-voz da alta representante da UE para a política exterior, Frederica Mogherini, num comunicado.
O porta-voz da chefe de diplomacia europeia recordou que "a UE se opõe à pena de morte sem exceção e pediu repetidamente a sua abolição".
O comunicado destaca que "a pena de morte é um castigo cruel e desumano, não serve como dissuasão e representa uma negação inaceitável da dignidade e da integridade humanas".
Várias pessoas protestaram terça-feira na capital do país, Jacarta, para que o governo deixe de aplicar a pena de morte na Indonésia.
Em 2015, as execuções por pena de morte alcançaram a quantidade mais alta em mais de 25 anos, segundo denunciou em abril a Amnistia Internacional (AI) no seu relatório anual.
Durante o último ano, cerca de 1.634 pessoas foram executadas, o que representa um aumento de 573 mortes em relação a 2014.
Segundo o relatório desta organização internacional, houve também um aumento no número de países que praticaram a pena de morte, que passou de 22 Estados em 2014 para 25 em 2015.
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