O gás foi utilizado em Marea, uma cidade da província de Alepo, no norte da Síria, a 21 de agosto, precisaram as fontes, citadas pela agência de notícias francesa, AFP, sublinhando que se trata da primeira confirmação da utilização de gás mostarda no país.
Este tipo de gás é incolor e muito tóxico, provocando graves ulcerações na pele e irritações nos olhos e no aparelho respiratório, bem como lesões neurológicas e gastrointestinais e destruição de tecidos e vasos sanguíneos.
"Confirmámos os factos mas não determinámos os responsáveis", indicou uma fonte.
Um relatório ainda confidencial foi enviado aos Estados membros da OIAC, que se reunirão na sede da organização, em Haia, no fim de novembro.
Ativistas sírios e organizações não-governamentais médicas tinham afirmado, no fim de agosto, que um ataque com armas químicas afetara dezenas de pessoas naquela cidade.
A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) indicou ter tratado quatro civis da mesma família atingidos por gás mostarda.
Segundo os doentes tratados num hospital ligado à MSF em Alepo, um morteiro atingiu a sua casa e "após a explosão, um gás amarelo encheu a sala".
De acordo com combatentes presentes no local no momento dos factos, mais de 50 obuses de morteiros foram lançados naquele dia sobre Marea pelo grupo extremista Estado Islâmico.
Este gás asfixiante foi pela primeira vez utilizado pelos alemães na Bélgica, em 1917. Foi proibido pela ONU em 1993.
As acusações de recurso às armas químicas pelos 'jihadistas' do grupo Estado Islâmico multiplicaram-se nos últimos meses não só na Síria, como também no Iraque.