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Independentistas não têm apoio da lei nem apoio popular na Catalunha

O presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, considerou hoje que as eleições na Catalunha - convertidas num "referendo" sobre a independência - mostraram que aos partidos soberanistas lhes falta o apoio da lei e o apoio dos cidadãos.

Independentistas não têm apoio da lei nem apoio popular na Catalunha
Notícias ao Minuto

13:16 - 28/09/15 por Lusa

Mundo Mariano Rajoy

Na noite de domingo, os partidos independentistas da Catalunha ganharam as eleições, obtendo a maioria dos assentos no parlamento regional (62 deputados a Junts pel Sí e 10 a CUP), mas perderam na votação popular (reunindo 47,8% da votação dos catalães). A Junts pel Sí - de Artur Mas - afirmou em campanha que estas eleições eram um "referendo de facto" sobre a independência, mas colocou como fasquia para iniciar o processo de declaração de soberania a obtenção de uma maioria absoluta (algo que pode conseguir no parlamento caso consiga o apoio da CUP).

Hoje, numa primeira reação aos resultados das eleições de domingo, Mariano Rajoy declarou que "os independentistas apenas receberam o apoio de quatro em cada diez catalães", pelo que "não têm o apoio da maioria da sociedade catalã".

Numa conferência de imprensa na Moncloa, a sede do Governo em Madrid, salientou que "o que não se pode fazer é violar a lei contra a vontade da maioria", numa referência ao facto de que a Constituição espanhola proíbe expressamente a separação unilateral de qualquer uma das suas regiões.

"O Governo está aqui para garantir em primeiro lugar o cumprimento da lei e depois, como sempre, para falar e negociar", acrescentou Rajoy, presidente do PP, um partido que na noite de domingo teve uma das suas piores prestações na Catalunha, elegendo 11 deputados (uma quebra de nove face a 2012) e ficando como a quinta força política.

Rajoy convidou ainda o novo governo catalão - ainda não constituído - a "voltar ao caminho da convivência normalizada".

"Nenhum espanhol, viva onde viva pode ficar aquém da atenção do Governo de Espanha", disse o presidente do governo espanhol, acrescentando que o executivo continuará a "velar para que se cumpra o Estado de Direito".

Para Rajoy, "ontem constatou-se que a Catalunha é muito plural".

"Quero apelar ao governo catalão para que governe para todos os catalães, para que ultrapasse a fratura e para que substitua o monólogo e a imposição pelo diálogo construtivo", afirmou.

A Junts pel Sí indicou que, em caso de ter maioria absoluta no Parlamento regional, iniciaria um processo negociado de independência da Catalunha no espaço de 18 meses, independentemente do voto popular. As outras forças políticas qualificaram os resultados como uma derrota do plebiscito pedido pela Junts e o Ciudadanos pediu mesmo novas eleições.

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