Pelo menos outros oito pilotos fizeram o mesmo
Queda do Airbus A320 pode ser o nono caso em que o aparelho cai deliberadamente por decisão de um dos pilotos.
© Reuters
Mundo Desastre
A queda do Airbus A320 da Germanwings ainda está envolta em muitas questões mas o caso já começou a ser comparado a outros desastres que sucederam por decisão deliberada de um dos pilotos de cabine.
De acordo com a Aviation Safety Network, indica o jornal Público, desde 1919 na histórica da aviação conseguem distinguir-se oito outros casos, sendo possivelmente o voo 4U9525 da Germanwings o nono. Em 2013, um Embraer E190 das Linhas Aéreas de Moçambique que fazia o percurso entre Maputo e Luanda despenhou-se na Namíbia. O copiloto aproveitou a velocidade de cruzeiro para ir à casa de banho e o comandante procedeu às devidas alterações de voo que resultaram numa queda a pique que durou doze minutos e na morte de 33 pessoas.
Existe ainda outro caso em 1999 com uma queda no Atlântico do Boeing 767 da EgyptAir que fazia a ligação entre Nova Iorque e o Cairo. Apesar do comandante ter regressado a meio da queda para tentar evitar o desastre motivado pelo copiloto morreram as 217 pessoas a bordo.
Apesar dos três casos terem acontecido em situações semelhantes, o que separa este último dos voos da Germanwings e das Linhas Aéreas de Moçambique são as medidas de segurança que foram adotadas pelas companhias aéreas depois dos atentados terroristas do 11 de setembro. A autoridade americana para a aviação (FAA) impôs fortes medidas de segurança onde se incluíram os fechos automáticos na porta de acesso à cabine, que a torna praticamente intransponível a partir do lado de fora.
Agora, com o desastre do Airbus A320, várias companhias aéreas já divulgaram que serão introduzidas novas medidas de segurança de forma a evitar que apenas um dos pilotos fique sozinho na cabine.
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