Papa pede leis que garantam acolhimento dos imigrantes
O Papa pediu hoje aos governos que aprovem legislação que garanta "os direitos dos cidadãos" e "o acolhimento dos imigrantes", e que "atuem sobre as causas e não apenas sobre os efeitos".
© Reuters
Mundo Sumo Pontífice
É necessário "pôr em prática legislações adequadas, capazes de proteger os direitos dos cidadãos e de garantir, ao mesmo tempo, o acolhimento dos imigrantes", sublinhou Francisco.
"Quantas pessoas morrem em viagens desumanas, submetidas a humilhações de autênticos carrascos, ávidos de dinheiro!", perguntou o Papa, lamentando a situação que vivem aqueles que "chegam sem documentos a lugares desconhecidos, cuja língua não falam" e onde é "difícil (...) encontrar trabalho".
No encontro com membros do corpo diplomático acreditado no Vaticano, Francisco sublinhou a necessidade "de uma mudança de atitude: passar da indiferença e do medo a uma sincera aceitação do outro" e aplaudiu o trabalho "daqueles que, inclusive à custa da própria vida, se dedicam a prestar assistência aos refugiados e imigrantes".
O líder da Igreja católica pediu à comunidade internacional que "atue decididamente para resolver estas graves situações humanitárias e preste a ajuda necessária aos países de origem dos imigrantes para facilitar o desenvolvimento sociopolítico e a resolução de conflitos internos, que são a principal causa deste fenómeno".
"É necessário atuar sobre as causas e não apenas sobre os efeitos", sublinhou.
Só assim, estes refugiados e deslocados que fugiram dos locais de origem poderão "regressar, um dia, ao seu país e contribuir para o crescimento e desenvolvimento", acrescentou.
Na mesma ocasião, Francisco manifestou "a alegria" de voltar à Ásia, com as visitas ao Sri Lanka e às Filipinas, desejando também que seja "retomado o diálogo entre as duas Coreias, países irmãos que falam a mesma língua".
"Esta tarde, terei a alegria de voltar à Ásia, para visitar o Sri Lanka e as Filipinas, e mostrar assim o interesse e preocupação pastoral com os quais sigo os acontecimentos dos povos desse vasto continente", afirmou.
Cinco meses depois da visita à Coreia do Sul, em agosto passado, Francisco volta ao continente para expressar aos cidadãos e governantes asiáticos "uma vez mais o desejo da Santa Sé de contribuir para o bem comum, a harmonia e a concórdia social".
O Papa deve partir esta tarde, às 19:00 (18:00 em Lisboa), de Roma para o Sri Lanka e as Filipinas, onde termina a viagem a 19 de janeiro.
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