Alojamento de migrantes em hotéis divide Reino Unido. As imagens

Várias cidades britânicas foram hoje palco de protestos contra o alojamento de requerentes de asilo em hotéis, tendo sido ativado um forte dispositivo policial devido à presença de manifestantes contrários aos migrantes e de grupos antirracistas.

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Lusa
23/08/2025 21:29 ‧ há 6 horas por Lusa

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Reino Unido

Sob o lema "Abolir o sistema de asilo", várias centenas de pessoas reuniram-se em cidades inglesas como Bristol, Exeter, Tamworth, Cannock, Nuneaton, Liverpool, Wakefield, Newcastle e Horley, bem como nas cidades escocesas de Aberdeen e Perth e na cidade galesa de Mold para expressar a sua oposição aos hotéis com migrantes.

 

Nestes locais também se reuniram grupos que repudiam os protestos, sob o lema "Enfrentar o racismo".

Embora tenham havido alguns confrontos não ocorreram incidentes violentos.

As forças de segurança mobilizaram um grande número de agentes, uma vez que estes protestos estão a aumentar no país e são esperados mais no domingo.

Em Bristol (oeste de Inglaterra), a polícia separou grupos rivais na área de Castle Park e uma mulher de 37 anos foi presa por agressão.

O inspetor-chefe da Polícia de Avon e Somerset (oeste da Inglaterra), Keith Smith, disse à imprensa que a prioridade das forças de segurança "foi facilitar o protesto pacífico e legal de ambos os grupos".

"Os nossos agentes lidaram admiravelmente com uma situação realmente difícil e gostaria de aproveitar a oportunidade para agradecer o seu profissionalismo, embora tenha havido momentos de distúrbios, temos o prazer de informar que os dois protestos decorreram sem incidentes significativos", acrescentou.

Nestes protestos, os manifestantes anti-imigração cantaram envoltos em bandeiras da Inglaterra e carregaram cartazes contra os hotéis com migrantes, enquanto se ouviam gritos de "isto não é racismo".

Os outros grupos entoavam "diga alto, diga claro, aqui os refugiados são bem-vindos" e carregavam cartazes pedindo solidariedade e o fim das deportações.

Os acontecimentos de hoje ocorreram na sequência da tensão que surgiu com o uso de hotéis para alojar migrantes, medida que o governo trabalhista de Keir Starmer prometeu eliminar até o final da atual legislatura - 2029 -, mas avisou que acontecerá de forma gradual e ordenada.

Na base das manifestações está também a ordem judicial temporária que o Tribunal Superior de Londres concedeu na terça-feira à Câmara Municipal de Epping, nos arredores da capital britânica, para expulsar os migrantes do Hotel Bell, nessa localidade, a 12 de setembro.

O hotel foi palco de protestos após o migrante de origem etíope Hadush Gerberslasie Kebatuhursday ter sido acusado de agressão sexual por alegadamente ter tentado beijar uma menina de 14 anos.

Hoje, o líder do partido populista de direita Reform UK, Nigel Farage, que está em primeiro lugar nas sondagens de intenção de voto, afirmou numa entrevista que planeia fazer deportações em massa de imigrantes se o seu partido chegar ao poder.

"Temos uma crise massiva no Reino Unido. Não só representa uma ameaça à segurança nacional, como está a provocar uma indignação pública que, francamente, não está muito longe da desordem, só há uma maneira de deter as pessoas que entram no Reino Unido: detê-las e deportá-las", acrescentou.

Leia Também: Portugal contribui para aumento da desinformação sobre imigração em julho

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