"Desde o início da nossa missão, houve um total de 465 detenções, 68 armas apreendidas e múltiplas acusações por homicídio, tráfico de estupefacientes e crimes com armas de fogo", frisou na rede social X a procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, nomeada por Trump para supervisionar a tomada federal da polícia em Washington D.C.
De acordo com Bondi, foram feitas 52 detenções na noite de segunda-feira, incluindo um membro do gangue Salvatrucha (MS-13), e nove armas de fogo foram apreendidas das ruas.
"Quase metade destas detenções ocorreram nas áreas de maior criminalidade de Washington D.C. Tanto os residentes como os turistas apreciam este esforço extraordinário das nossas forças policiais em D.C. e a nível federal", sublinhou.
Trump declarou "Emergência de Segurança Pública" e assumiu o controlo do Departamento de Polícia de Washington em 11 de agosto, quando anunciou também a ativação de aproximadamente 800 soldados da Guarda Nacional na capital, protegidos por uma cláusula da Lei da Autonomia.
Desde então, a capital dos EUA tem registado um aumento exponencial da presença de agentes de agências federais como o FBI (polícia federal), a DEA (agência antidroga) e o Serviço de Imigração e Alfândega (ICE).
Cerca de 900 soldados da Guarda Nacional da Virgínia Ocidental, Ohio, Mississipi e Carolina do Sul vão chegar nos próximos dias para reforçar a operação federal, de acordo com os governadores republicanos destes territórios.
Segundo o chefe de Estado, estas ações são necessárias devido à "onda de crimes" que a cidade enfrenta, alegações rejeitadas pelos líderes locais, que afirmam que os atuais índices de crimes violentos são os mais baixos em décadas.
Na sexta-feira, as autoridades de Washington processaram o Governo republicano pelo que consideram ser uma "tomada hostil" da força policial da capital, que, segundo eles, abusou da sua autoridade.
No sábado, dezenas de pessoas protestaram no centro da cidade contra o que descreveram como um "gesto fascista" do Presidente, gritando "Libertem D.C.".
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