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Coreia do Sul não publica relatório sobre direitos humanos na Coreia do Norte

O governo da Coreia do Sul não publicará o relatório de 2025 sobre a situação dos direitos humanos na Coreia do Norte, ao contrário da governação anterior, disse hoje um funcionário do Ministério da Unificação.

Coreia do Sul não publica relatório sobre direitos humanos na Coreia do Norte

© SeongJoon Cho/Bloomberg via Getty Images

Lusa
19/08/2025 21:10 ‧ há 1 mês por Lusa

Mundo

Coreia do Sul/Coreia do Norte

"A política ofensiva em relação aos direitos humanos na Coreia do Norte, que se concentrou na divulgação e na crítica, parece ter tido pouco efeito na melhoria efetiva dos direitos do povo norte-coreano", referiu o responsável, confirmaram fontes do ministério à agência de noticias EFE.

 

O Ministério da Unificação é um órgão do governo sul-coreano, que tem como objetivo a reunificação da Coreia, destacando que foi estabelecido em 1969 como Conselho Nacional da Unificação, durante o governo de Park Chung-hee (1963-1979).

O responsável declarou que a decisão de manter a edição de 2025 do relatório anual exclusivamente para uso interno baseia-se numa avaliação do governo sul-coreano.

A decisão é uma mudança em relação aos últimos dois anos, quando o anterior governo conservador sul-coreano de Yoon Suk-yeol (2022-2025) decidiu publicar os relatórios online.

No governo liberal de Moon Jae-in (2017-2022), os documentos estavam preparados para uso interno, uma decisão que o atual presidente Lee Jae-myung irá retomar.

As Nações Unidas (ONU) emitiram relatórios públicos regulares sobre a situação dos direitos humanos na Coreia do Norte.

A medida representa mais um gesto de abertura do governo do presidente Lee Jae-myung, que ocupou o cargo em junho, que nos últimos dias prometeu não procurar a unificação por absorção e sugeriu o retomar dos acordos militares inter-coreanos anteriores.

Em declarações publicadas hoje, o líder supremo da Coreia do Norte desde 2011, Kim Jong-un, é contra a sugestão militar e acusou Seul e Washington de demonstrarem a sua "vontade de iniciar uma guerra".

Para o líder supremo, essa vontade de guerra é demonstrada através dos exercícios militares conjuntos de verão de Seul e Washington, que começaram na segunda-feira.

Kim Jong-un prometeu ainda uma rápida expansão do arsenal nuclear durante uma visita a um navio de guerra.

Em resposta, o primeiro-ministro sul-coreano, Kim Min-seok, disse numa conferência de imprensa que o governo sul-coreano continuará a enviar "mensagens complexas" à Coreia do Norte, combinando exercícios defensivos com ofertas de paz.

Em junho de 2024, as Nações Unidas (ONU) denunciaram um cenário "profundamente alarmante" de "miséria, repressão, medo, fome e desesperança" na Coreia do Norte, onde assistir a uma série televisiva estrangeira "pode ser punível com a morte".

Num 'briefing' ao Conselho de Segurança da ONU sobre a situação dos direitos humanos na Coreia do Norte, o alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, alertou para a situação precária que se vive no país, que está a "aprisionar as pessoas num sofrimento absoluto".

"Hoje, a Coreia do Norte é um país isolado do mundo. Um ambiente sufocante e claustrofóbico, onde a vida é uma luta diária sem esperança", resumiu Volker Türk.

Leia Também: Coreia do Sul admite aumentar gastos com Defesa antes de cimeira com EUA

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