O ministro dos Negócios Estrangeiros suíço, Ignazio Cassis, afirmou, esta terça-feira, que a Suíça oferecerá "imunidade" ao presidente russo, Vladimir Putin, se este aceitar comparecer numa Conferência da Paz.
Vladimir Putin, note-se, tem um mandado de detenção emitido pelo Tribunal Penal Internacional, desde 2023, pelo "rapto de crianças ucranianas" das regiões da Ucrânia, invadida pelas forças de Moscovo, e que foram deportadas para territórios na Rússia.
No ano passado, o governo federal suíço definiu novas regras sobre imunidade concedida a indivíduos sob mandado de detenção internacional, se essa pessoa se deslocar ao país no âmbito de uma conferência de paz.
A medida não se aplica a deslocações "por motivos pessoais", disse Cassis, durante uma conferência de imprensa conjunta com o homólogo italiano, Antonio Tajani, em Berna.
As declarações da diplomacia de Berna surgiram um dia depois do encontro entre Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump e o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, em Washington.
Esta terça-feira, os 27 líderes da União Europeia vão "fazer um balanço" das reuniões realizadas, na segunda-feira, na capital dos Estados Unidos sobre a Ucrânia.
Trump e Zelensky (e líderes europeus) estiveram reunidos em Washington
De recordar que, na segunda-feira, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, reuniram-se na Casa Branca, para discutir um possível fim da guerra da Ucrânia.
Estiveram também presentes vários líderes europeus, como o presidente francês Emmanuel Macron, o chanceler alemão, Friedrich Merz, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, entre outros.
No final, Donald Trump confirmou que tinha estado numa chamada telefónica com Vladimir Putin e que, em breve, haverá um encontro bilateral entre a Ucrânia e a Rússia.
Sublinhe-se ainda que, na passada sexta-feira, Donald Trump e Vladimir Putin estiveram reunidos no Alasca. A reunião entre ambos durou cerca de três horas e terminou com ambas as partes a destacar progressos, embora sem revelar detalhes sobre o conflito na Ucrânia.
[Notícia atualizada às 12h52]
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