María Matilde Muñoz Carzola, uma espanhola de 72 anos reformada que costuma fazer viagens pelo continente asiático, está desaparecida desde o início de julho na ilha de Lombok, na Indonésia. O caso já está a ser investigado pelas autoridades locais.
Segundo a agência de notícias espanhola Efe, a espanhola chegou à ilha de Lombok em junho e foi vista pela última vez por funcionários do hotel onde estava hospedada no passado dia 2 de julho.
O caso começou a ser investigado apenas esta semana, após a Polícia de Lombok Ocidental ter recebido um alerta da Polícia Nacional da Indonésia e do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
"Após recebermos o alerta, iniciámos imediatamente uma investigação", explicou o chefe da polícia da esquadra de Lombok Ocidental, Yasmara Harahap, responsável pelo caso, na sexta-feira.
Harahap explicou que a mulher, nascida na Corunha em setembro de 1952 e residente em Maiorca, chegou a Lombok em junho e tinha uma reserva no hotel Bumi Aditya, na zona de Senggigi, até 20 de julho. Os funcionários do estabelecimento indicaram às autoridades que a viram pela última vez no passado dia 2 de julho.
"Procurámos noutros hotéis e vilas da zona", disse o chefe da polícia, acrescentando que as autoridades de Imigração da Indonésia não têm conhecimento de que tenha saído do país.
"Se ela tivesse voltado para Espanha, haveria registo disso. Atualmente, não há, o que significa que ela ainda está na Indonésia", adiantou.
Também a agência que tratou do visto de María Matilde Muñoz Cazorla garante que "ela não saiu do país" e que a sua autorização de permanência no arquipélago "continua ativa".
"As informações da Imigração indicam que ela não saiu do país. O seu visto ainda está ativo, expirava em novembro. Ela não saiu do país", assegurou Sudiaji Gare, fundador da agência Aer Visa Lombok, que ajudou a tratar da autorização de Muñoz, à Efe.
O alerta para o desaparecimento da mulher foi dado por uma amiga, Olga Marín Calonge, que, no passado dia 28 de julho, se dirigiu a uma esquadra da polícia em Sant Feliu de Guixols, em Girona, na Catalunha.
Na sua denúncia, Olga contou que a amiga não respondia e que, desde "7 de julho, as suas mensagens no WhatsApp não aparecem como recebidas". Fez ainda questão de frisar que acredita que "o desaparecimento não é voluntário".
A amiga pediu também ao agente turístico que tratou do visto de Munõz para apresentar uma queixa junto das autoridades indonésias - o que acabou por fazer no passado dia 5 de agosto.
Outra amiga, identificada como Marta Ventura, contou à Efe que o último contacto que teve com a mulher, solteira e sem filhos, foi "no final de junho".
Já Nurmala Hayati, contabilista do hotel Bumi Aditya, explicou que a espanhola deu entrada pela primeira vez no hotel por volta de "12 de junho" e que "prolongou a sua estadia" no estabelecimento a 2 de julho até 20 desse mês. A mulher pagou antecipadamente e disse que "ia para a praia".
"Depois disso, nunca mais a vi", disse.
"No dia 5 de julho, o pessoal do hotel disse-me que Matilde não tinha voltado desde 2 de julho. Enviei-lhe uma mensagem pelo WhatsApp, mas ela não a recebeu. Foi só no dia 6 [de julho] que ela respondeu a dizer que estava no Laos. Não lhe mandei mais mensagens", acrescentou Hayati.
No entanto, o grupo de amigos de Muñoz, que também foi informado que "Matilde estava no Laos", considera que tal "não faz sentido para ninguém".
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