Um balanço divulgado na sexta-feira pelas autoridades locais dava conta de 120 mortos em 24 horas. Agora, a nova contagem eleva para 538 o número de vítimas desde o início da temporada de monções, no final de junho.
Nas últimas 48 horas, as chuvas torrenciais ocorreram em diferentes áreas da província montanhosa de Khyber-Pakhtunkhwa, na fronteira com o Afeganistão, que registou 211 mortes, de acordo com a autoridade de gestão de catástrofes.
Esta manhã, as buscas prosseguiam para tentar recuperar corpos soterrados sob os escombros, com mais de 2.000 socorristas mobilizados, disse à agência France-Presse o porta-voz dos serviços de socorros da província, Bilal Ahmed Faizi.
"As fortes chuvas, os deslizamentos de terra e as estradas bloqueadas dificultam o acesso das ambulâncias e os socorristas têm de se deslocar a pé", acrescentou.
Outras nove pessoas morreram na Caxemira paquistanesa, enquanto na Caxemira administrada pela Índia, pelo menos 60 vítimas mortais foram registadas numa aldeia, sendo que outras 80 continuam desaparecidas.
Cinco pessoas morreram ainda na região turística de Gilgit-Baltistão, no extremo norte do Paquistão, particularmente procurada no verão por alpinistas de todo o mundo, mas que as autoridades agora recomendam evitar.
A maioria das vítimas foi levada por inundações repentinas ou morreu no desabamento de casas, eletrocutadas ou atingidas por raios.
Na sexta-feira, um helicóptero que veio em socorro caiu, causando mais cinco mortos.
O país, o quinto mais populoso do mundo, é um dos mais vulneráveis aos efeitos das alterações climáticas. De acordo com as autoridades, as chuvas vão intensificar-se ainda mais nas próximas duas semanas.
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