Organizações pedem fim da ajuda prestada por fundação em Gaza

A GHF é apoiada por Israel e pelos Estados Unidos.

faixa de gaza, mulher, escombros

© Abed Rahim Khatib/Anadolu via Getty Images

Lusa
01/07/2025 13:03 ‧ há 6 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

Centenas de organizações não-governamentais pediram hoje a dissolução do mecanismo de ajuda da Fundação Humanitária de Gaza (GHF), depois de numerosos palestinianos terem morrido nas proximidades dos locais de assistência em Gaza.

 

A GHF é apoiada por Israel e pelos Estados Unidos.

"Os palestinianos em Gaza enfrentam uma escolha impossível: morrer de fome ou correr o risco de serem baleados enquanto tentam desesperadamente obter comida para alimentar as suas famílias", afirmaram mais de 165 organizações internacionais, num comunicado conjunto.

Entre estas organizações de solidariedade e não-governamentais (ONG) estão a Oxfam, a Save the Children e a Amnistia Internacional (AI).

Em comunicado, a GHF afirmou já ter entregado mais de 52 milhões de refeições em cinco semanas.

"Em vez de discutir e lançar insultos à margem, acolheríamos outros grupos humanitários para se juntarem a nós e alimentarem a população de Gaza. Estamos prontos para colaborar e ajudá-los a levar ajuda às pessoas que precisam. No final do dia, o povo palestiniano precisa ser alimentado", referiu a Fundação.

A GHF começou a distribuir ajuda humanitária em 26 de maio, após um bloqueio israelita de quase três meses que levou a população de Gaza, de mais de dois milhões de pessoas, à beira da fome.

Os palestinianos são frequentemente forçados a viajar longas distâncias para chegar aos quatro centros da GHF na esperança de obter ajuda humanitária. A enorme quantidade de pessoas à procura de alimentos provoca cenas caóticas nestes centros de ajuda.

Pelo menos sete palestinianos foram mortos e mais de 65 ficaram feridos entre a noite de segunda-feira e hoje em três locais diferentes enquanto procuravam ajuda, disseram os hospitais do enclave palestiniano.

De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, mais de 500 palestinianos foram mortos no último mês por fogo das tropas israelitas nas proximidades dos locais de ajuda humanitária administrados pela GHF.

No mês passado, a organização afirmou que não houve violência dentro ou à volta dos centros de distribuição e que os funcionários não abriram fogo.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel não respondeu a um pedido de comentário sobre estas mortes nas proximidades dos centros da GHF.

Na próxima semana, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, viajará até Washington para se reunir com o Presidente norte-americano, Donald Trump, e outros responsáveis do Governo dos Estados Unidos. A visita de Netanyahu acontece depois de Trump ter sinalizado que está pronto para que Israel e o Hamas terminem a guerra em Gaza, o que será provavelmente o foco das conversações.

Na guerra, desencadeada pelo ataque em território israelita do movimento islamita palestiniano Hamas a 07 de outubro de 2023, já morreram mais de 56 mil palestinianos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

Leia Também: Mais de 20 pessoas morreram em ataques israelitas hoje na Faixa de Gaza

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