Segundo a fonte, os sete supostos terroristas foram abatidos durante confrontos, em plena luz do dia, entre as Forças de Defesa e Segurança e os rebeldes, nas matas de Quiterajo, a mais de 50 quilómetros da sede do distrito de Macomia, quando alegadamente se preparavam para atacar uma posição dos militares.
"Houve um trabalho de coragem e bravura da nossa força, e nisso houve sete terroristas mortos", disse a fonte, a partir de Macomia.
Acrescentou que, além das vítimas mortais, há registo de feridos nesses confrontos, no centro da província de Cabo Delgado: "Viu-se muito sangue nas matas de Quiterajo".
Os confrontos começaram na sexta-feira e prolongaram-se até domingo, provocando a saída de alguns populares de Mucojo, devido ao medo.
"Chegaram pessoas de Mucojo por medo, mas ninguém atacou Mucojo", garantiu a fonte.
Na quinta-feira, 26 de junho, o administrador de Macomia, Tomás Badae, disse aos jornalistas que mais de 22.000 pessoas, deslocadas devido aos ataques de grupos insurgentes, já tinham regressado a Mucojo e Chai, aguardando-se o regresso das populações a Quiterajo.
Localizado ao longo da estrada nacional EN380, o distrito de Macomia está no centro de Cabo Delgado, distando 200 quilómetros da cidade de Pemba, capital provincial.
As Forças Armadas de Defesa de Moçambique e suas congéneres do Ruanda combatem, desde 2017, a insurgência em Cabo Delgado, com auxílio da designada Força Local, composta sobretudo por antigos guerrilheiros da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), que liderou a guerra contra o regime colonial português (1964-1974), e que voluntariamente voltaram a pegar em armas para combater os grupos rebeldes.
Desde outubro de 2017, a província de Cabo Delgado, rica em gás, enfrenta uma rebelião armada com ataques reclamados por movimentos associados ao grupo extremista Estado Islâmico, que chegaram a provocar mais de um milhão de deslocados.
Só em 2024, pelo menos 349 pessoas morreram em ataques de grupos extremistas islâmicos na província, um aumento de 36% face ao ano anterior, segundo dados divulgados recentemente pelo Centro de Estudos Estratégicos de África, uma instituição académica do Departamento de Defesa do Governo norte-americano que analisa conflitos em África.
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