Norte-americana em Lisboa trabalha 20h por semana e ganha 6 mil € por mês

Por mês, Kaitlin Wichmann gasta cerca de três mil euros em despesas, mas quase mil são em viagens, compras e entretenimento. Nos tempos livres, joga ténis e padel, que usa como forma de socializar. Norte-americana, que conta a sua história de sucesso à CNBC, diz que dificilmente voltaria aos Estados Unidos.

Kaitlin Wichmann

© Kaitlin Wichmann

Notícias ao Minuto
24/08/2025 15:59 ‧ há 6 horas por Notícias ao Minuto

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Kaitlin Wichmann nasceu e cresceu nos Estados Unidos, mas em 2021 decidiu mudar-se para Portugal como freelancer na área do marketing digital. Agora, trabalha 20 horas por semana (com um horário que ela própria decide) e, num mês normal, ganha à volta dos seis mil euros por mês.

 

Wichmann nasceu no Kansas, no Texas, e estudou em Los Angeles, onde acabou por ficar também a trabalhar em marketing, com o horário tradicional das nove às cinco - mas a monotonia começou a afetá-la.

“Todos os dias ir para o mesmo trabalho, estacionar no mesmo sítio, sentar-me à mesma secretária e ficar a olhar para a mesma parede”, relatou à CNBC Make It. “Eu pensei que tinha de haver mais na vida do que só aquilo”.

Isto foi há dez anos. Antes de chegar a Portugal passou por Bali, na Indonésia, depois foi para Chiang Mai, na Tailândia; passou umas semanas no Vietname, e outros dois meses em Buenos Aires, na Argentina.

Farta das trocas constantes, começou à procura de um lugar onde assentar a longo termo e lembrou-se de uma viagem que tinha feito à Madeira. A ilha foi marcante o suficiente para convencer a norte-americana a fixar-se no continente: mais concretamente em Lisboa.

A entrada foi fácil, mesmo numa altura em que as regras eram mais apertadas por causa da pandemia. Preencheu a aplicação para um visto D7 (disponível para quem tenha um rendimento líquido passivo regular razoável).

Depois só teve de enviar as impressões digitais, abrir uma conta bancária em Portugal com dez mil euros, obter o número de identificação fiscal e assinar o contrato de aluguer de um apartamento.

Agora, mora em Lisboa há já quatro anos e trabalha como freelancer, ajudando clientes tanto norte-americanos como portugueses com anúncios online. Faz o próprio horário (que anda sempre nas 20 horas por semana) e trabalha regularmente em espaços de ‘co-working’ com os amigos.

Salário ronda os seis mil euros. Gasta três mil em despesas

Por mês, Wichmann recebe, normalmente, sete mil dólares, ou seja, 5.971 mil euros. Mas, sendo freelancer, o valor não é fixo e pode variar entre os 2.400 e os 12 mil dólares por mês (entre os dois mil e os 10 mil euros).

Em termos de gastos, o maior é com a renda e despesas da casa, cerca de 1.100 euros todos os meses. Mas não muito longe, surgem os gastos pessoais de Wichmann, nomeadamente em viagens, compras e entretenimento que chegam aos 966 euros mensais.

Em alimentação, gasta à volta dos 400  euros, em subscrições outros 170 euros; paga 160 euros todos os meses de empréstimos de estudantes (ainda da educação nos Estados Unidos), quase 100 euros em transportes e, por fim, 12 euros de telemóvel.

Ao todo, Wichmann gasta quase 3 mil euros todos os meses para viver em Portugal.

Para si, ambiciona tirar de salário 2.500 euros todos os meses, apesar de o ordenado ser instável. O resto vai para poupanças e investimentos. Wichmann tem um fundo de emergência para seis meses e mais de 200 mil euros de parte para a reforma e em outras contas de investimento.

Wichmann joga ténis e padel nos tempos livres

A norte-americana contou que muitas pessoas se surpreendem com as largas horas de tempo livre que consegue ter por semana, mas Wichmann considerou que acabam por não ser livres, dado que as ocupas com diferentes hobbies.

Recentemente, voltou a jogar ténis (desporto que fazia quando era mais nova) e descobriu também o padel como atividade extra e oportunidade para conhecer pessoas novas.

“Quando me mudei para Lisboa, o meu plano era ficar aqui, pelo menos, cinco anos e depois decidir para onde queria ir”, disse Wichmann. “Mas agora não me vejo a ir para outro sítio, pelo menos não para fora de Portugal. Adoro este país.”

Quanto a objetivos financeiros, Wichmann descreve-os como “modestos”: quer apenas pagar as contas e talvez um dia comprar uma casa em Portugal.

Leia Também: EUA confiam em negociações com Rússia para paz duradoura na Ucrânia

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