Cerca de 500 pessoas reuniram-se hoje no parque Eduardo VII, em Lisboa, para celebrar o dia da independência da Ucrânia com a presença da embaixadora ucraniana, que agradeceu o apoio de Portugal ao país em guerra.
A concentração contou com cartazes de agradecimento a Portugal assim como uma faixa com a frase "O único caminho para a paz - Vitória da Ucrânia".
Os cerca de 500 manifestantes, segundo adiantou à Lusa fonte policial, desceram depois a Avenida da Liberdade entoando gritos de libertação e a saudação ucraniana "Slava Ukraini".
A embaixadora da Ucrânia em Portugal, Maryna Mykhailenko, agradeceu o apoio do Governo português, em declarações aos jornalistas, porém ressalvou que é preciso fazer mais.
A Embaixadora afirmou ainda que "hoje é o dia da independência da Ucrânia, mas não se trata da independência, mas do restabelecimento da independência", tendo em consideração a ofensiva russa que enfrenta desde 2022.
Maryna Mykhailenko sublinhou a importância da luta da Ucrânia e da continuidade da mesma lembrando a importância dos parceiros, incluindo Portugal.
"E nessa luta, para nós, é extremamente importante o apoio de nossos parceiros, inclusive e especialmente de Portugal, porque para mim é extremamente importante que Portugal, o governo português e o povo português estejam entre os que mais nos apoiam na Europa", disse.
A Embaixadora para além de agradecer destacou o apoio português na guerra e notou o acordo de segurança que prevê o envio de 226 milhões de euros para apoio militar.
"Assinamos um acordo de segurança e o governo português confirmou para este ano 226 milhões de euros para o apoio militar à Ucrânia, bem como para o apoio humanitário, e estamos muito gratos por isso", asseverou.
De acordo com a diplomata, os ucranianos estão "satisfeitos com o nível de apoio" porém defendeu que é preciso mais pois "a guerra continua".
O presidente da Associação dos ucranianos em Portugal, Pavlo Sadokha, presente na concentração, disse, em declarações aos jornalistas, que o "objetivo de Putin não é ganhar a paz, o objetivo de Putin é que a Ucrânia deixe de existir".
"Um dos objetivos também desta nossa manifestação, que acontece não só em Portugal, mas em várias cidades, mas também em todo o mundo, [é]outra vez, pedir aos políticos dos países de NATO, dos países que apoiam a Ucrânia, que têm força de apoiar, que mostrem a Putin que ninguém vai permitir aqueles terrores que ele faz na Ucrânia" acrescentou.
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