Beirute prepara desarmamento do Hezbollah e retirada de Israel

Um funcionário governamental libanês, que pediu anonimato, disse à agência France-Presse (AFP) que o embaixador dos Estados Unidos na Turquia e enviado especial para a Síria, Thomas Barrack, transmitiu o pedido aos responsáveis libaneses durante uma visita a Beirute.

Beirute Líbano

© Houssam Shbaro/Anadolu via Getty Images

Lusa
30/06/2025 15:06 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Líbano

Beirute está a preparar a resposta a um pedido dos Estados Unidos para um compromisso formal de desarmamento do grupo terrorista Hezbollah e também a retirada de Israel, segundo um responsável do governo libanês.

 

Um funcionário governamental libanês, que pediu anonimato, disse à agência France-Presse (AFP) que o embaixador dos Estados Unidos na Turquia e enviado especial para a Síria, Thomas Barrack, transmitiu o pedido aos responsáveis libaneses durante uma visita a Beirute.

A deslocação do diplomata norte-americano à capital libanesa ocorreu no passado dia 19 de junho.

Desde o fim da guerra entre Israel e o Hezbollah (Partido de Deus), no final de novembro de 2024, as autoridades libanesas afirmam estar a desmantelar as instalações militares do grupo armado pró-iraniano no sul do Líbano.

Mesmo assim, Israel continua a atacar alvos ligados ao Hezbollah e critica as autoridades libanesas de não fazerem o suficiente para desarmar a milícia.

O enviado norte-americano, que pediu um compromisso formal para que Estado libanês passe a ter o "monopólio do armamento", deve regressar à capital libanesa em meados de julho, segundo a mesma fonte.

"O chefe de Estado Joseph Aoun, o primeiro-ministro Nawaf Salam e o presidente do Parlamento Nabih Berri", um aliado do Hezbollah, "estão a preparar uma resposta, sublinhou a fonte ouvida pela AFP.

"Em particular, devem exigir o fim das violações do cessar-fogo por parte de Israel, a retirada israelita do sul do Líbano, a libertação dos prisioneiros e a demarcação da fronteira", acrescentou a mesma fonte.

Na carta de três pontos, o enviado dos Estados Unidos pediu também que o Líbano trabalhe para garantir a segurança da fronteira com a Síria e inicie as reformas económicas exigidas pela comunidade internacional.

O acordo de cessar-fogo estipula que o Hezbollah retire as forças e desmantele todas as instalações militares a sul do rio Litani, a cerca de trinta quilómetros da fronteira israelita.

Estas exigências constam de uma resolução das Nações Unidas que prevê o desarmamento das milícias em todo o território libanês.

Nos termos do acordo, Israel deveria retirar as forças do território libanês, mas mantém cinco posições fronteiriças que considera estratégicas e mantém prisioneiros libaneses.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, afirmou hoje que Israel está interessado em normalizar relações com a Síria e o Líbano, países com os quais continua em guerra.

Os dois Estados não responderam à declaração de Gideon Saar.

De acordo com o responsável libanês, o enviado de Washington não incluiu a normalização com Israel entre as exigências que já foram transmitidas.

 

PSP

Lusa/Fim

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