O vice-presidente JD Vance foi determinante, uma vez que desempatou uma votação de 50-50 para que o plano orçamental fosse aprovado na câmara alta do Congresso norte-americano, dado que três senadores republicanos opuseram-se ao projeto de lei, nomeadamente Thom Tillis da Carolina do Norte, Susan Collins do Maine e o Rand Paul do Kentucky.
A votação de hoje encerrou um fim de semana de trabalho invulgarmente tenso no Capitólio (sede do Congresso), com o grande pacote legislativo proposto por Trump a oscilar entre a aprovação ou o colapso.
A lei tem agora de regressar à Câmara dos Representantes (câmara baixa) para aprovação final, sendo que Trump tem exercido pressão no sentido de ter uma decisão final até ao feriado nacional do 04 de julho, o Dia da Independência.
O aliado de Trump e presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, chegou a avisar os senadores para não se afastarem demasiado do que a sua câmara já tinha aprovado. Contudo, o Senado fez algumas alterações, nomeadamente ao Medicaid, um seguro de saúde para os cidadãos com rendimentos mais baixos.
O resultado de hoje é um passo crucial para Trump e para o Partido Republicano, que nas últimas semanas investiram muito capital político na concretização do projeto de lei "One Big Beautiful Bill Act", encarado com preocupação por vários legisladores, que temem pelo futuro da estabilidade financeira do país, uma vez que estimativas apontam que a dívida dos Estados Unidos possa crescer em 3,3 biliões de dólares (quase 3 biliões de euros ao câmbio atual) ao longo da década.
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