Israel diz que entraram 170 camiões com ajuda humanitária em Gaza

As autoridades israelitas indicaram que 170 camiões com ajuda humanitária entraram hoje na Faixa de Gaza, embora não tenham dado detalhes sobre a quantidade de ajuda que foi distribuída às pessoas necessitadas no enclave palestiniano.

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© Majdi Fathi/NurPhoto via Getty Images

Lusa
26/05/2025 21:20 ‧ há 2 semanas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

De acordo com o COGAT, o organismo militar israelita que supervisiona a entrada de ajuda em Gaza, os camiões transportavam alimentos, material médico e medicamentos.

 

Na semana passada, Israel autorizou a entrada de várias centenas de camiões de ajuda humanitária no enclave, pela primeira vez em quase três meses, embora a distribuição dos fornecimentos esteja a ser realizada por equipas da ONU e agências internacionais no meio de bombardeamentos e combates.

A ONU disse na sexta-feira que cerca de 400 camiões tinham sido autorizados a aceder através da passagem sul de Kerem Shalom nos últimos dias, "mas só foi possível recolher o conteúdo de 115 deles", o que, advertiu, "não cobre nem de perto nem de longe a escala e o volume" das necessidades dos 2,1 milhões de habitantes da Faixa.

Antes de outubro de 2023, quando começou a ofensiva israelita, o número médio de camiões que entravam na Faixa era de cerca de 500 por dia, o que as agências humanitárias já consideravam insuficiente para satisfazer as necessidades da população.

Entretanto, o ponto de distribuição de ajuda que Israel e os Estados Unidos planearam lançar hoje no enclave palestiniano ainda não começou a funcionar e prevê-se que a sua abertura seja adiada, noticiaram hoje os meios de comunicação israelitas.

O jornal progressista Haaretz, citando fontes militares, disse que o ponto será aberto nos próximos dias.

No domingo, o diretor executivo da Fundação Humanitária de Gaza (GHF), Jake Wood, nomeado pelas autoridades israelitas e norte-americanas para a distribuição da ajuda em Gaza, demitiu-se.

Em comunicado, Wood invocou a impossibilidade de respeitar os princípios de "humanidade, neutralidade, imparcialidade e independência", que não tenciona abandonar.

A ONU rejeitou liminarmente o plano israelo-americano e advertiu que a iniciativa "obriga a mais deslocações, põe em perigo milhares de pessoas e cria um precedente inaceitável para a distribuição de ajuda não só nos territórios palestinianos ocupados, mas em todo o mundo", criticou o porta-voz do Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA), Jens Laerke.

Leia Também: "Não apoiamos. Nem pensar". Suécia vai convocar embaixador israelita

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