"Não apoiamos o que o Governo israelita está a fazer atualmente, negando o acesso a Gaza. Nem pensar", destacou Kristersson, à agência de notícias sueca TT.
"Temos sido muito claros sobre isso, tanto a nível nacional como com muitos outros países europeus. A pressão está a aumentar, não há dúvida disso. E por boas razões", acrescentou o líder sueco.
Perante a crescente indignação internacional sobre o bloqueio israelita, que provocou uma grave escassez de alimentos e medicamentos, Israel começou a permitir a entrada de ajuda na semana passada, mas apenas em pequenas doses, pela primeira vez desde 02 de março.
Um porta-voz de Kristersson confirmou à agência France-Presse (AFP) que o embaixador israelita vai ser convocado.
O primeiro-ministro sueco disse ainda ser favorável a uma revisão do acordo de associação entre a União Europeia e Israel.
A Comissão Europeia iniciará este processo para verificar se Israel respeita os direitos humanos e os princípios democráticos, em conformidade com o artigo 2.º do presente acordo.
"Isto requer consenso, e ainda não chegámos lá. Mas muitos de nós estão a trabalhar para isso. A atual ação do Governo israelita está a encorajar mais países da UE a impor requisitos mais rigorosos a Israel", acrescentou o primeiro-ministro sueco.
Segundo a diplomacia francesa, 17 Estados-membros, incluindo a Portugal e França, manifestaram apoio à revisão do texto. A Alemanha, por outro lado, defende a utilidade deste acordo.
Israel terá rejeitado hoje a mais recente proposta dos EUA para um cessar-fogo de dois meses em Gaza em troca de 10 reféns vivos, disse à agência Efe fonte israelita que preferiu o anonimato.
A Faixa de Gaza continua a sofrer de uma grave escassez de alimentos, medicamentos e ajuda humanitária em geral.
A guerra eclodiu em Gaza após um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.
Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou quase 54 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.
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