Matheus Reis corre o risco de vir a ser condenado a uma pena de até 12 jogos de suspensão, na sequência da tão badalada final da Taça de Portugal, na qual o Sporting derrotou o Benfica, por 1-3, já no prolongamento.

Em período de compensação e ainda com os leões a perder, por um golo de diferença, o brasileiro envolveu-se num lance com Andrea Belotti (com Maxi Araújo também pelo meio), junto à bandeirola de canto, acabando, não só por atirar o adversário ao chão, como também por pisar-lhe a cabeça.

A atitude escapou sem qualquer tipo de ação disciplinar por parte da equipa de arbitragem liderada por Luís Godinho, mas motivou, não só uma participação disciplinar dos encarnados, como até uma queixa de César Boaventura junto da Procuradoria-Geral da República (PGR).

O jogador de 30 anos de idade junta, desta maneira, mais um caso a uma já longa lista de polémicas. Lista essa que começou a desenhar-se quando este ainda alinhava ao serviço do Rio Ave, e começava a despertar o interesse de terceiros.

Recusou jogar pelo Rio Ave

A primeira bronca teve lugar em setembro de 2020, quando, após o encerramento de um mercado de transferências de verão agitado, em que foi associado ao interesse de FC Porto e Olympiacos, o lateral-esquerdo recusou jogar, diante do Vitória SC.

"Ele recusou jogar no dia do jogo. Nós não podemos aceitar estas atitudes. Foi uma surpresa muito grande. Estávamos a negociar o jogador com um clube e ele queria que fosse mais rápido", explicou, na altura, o presidente do clube, António Silva Campos, à Rádio Renascença.

Como resultado, o brasileiro foi afastado do plantel então às ordens de Mário Silva, não voltando a ser convocado até que, efetivamente, conseguiu aquilo que tanto queria, ao transferir-se para o Sporting, já em janeiro de 2021.

Manguito e cuspidela num Clássico...

Já ao serviço do Sporting, Matheus Reis acabaria por ficar diretamente ligado às lamentáveis imagens daquele que foi um dos mais 'escaldantes' Clássicos dos últimos anos, que terminou com um empate a duas bolas, perante o FC Porto, no Dragão, a 11 de fevereiro de 2022.

Os ânimos começaram a exaltar-se à beira do apito final, quando Francisco Conceição reclamou uma grande penalidade, por alegada falta do adversário. Este, por seu lado, não se ficou, e respondeu-lhe... exibindo o dedo do meio.

Já depois de João Pinheiro dar o jogo por encerrado, o brasileiro foi empurrado por um elemento afeto à organização do encontro, munido de um colete laranja, e agredido por outro, de colete azul, ao que reagiu com uma cuspidela.

... agressão a apanha-bolas noutro...

Apenas meio ano depois, Matheus Reis voltou a fazer manchetes, pela negativa. Desta feita, fruto de um episódio registado na pesada derrota sofrida pela formação verde e branca numa outra deslocação ao Dragão, por 3-0.

Na primeira parte, com o marcador ainda a 'zeros', o lateral-esquerdo deslocou-se à linha lateral para fazer um lançamento, mas, antes disso, baixou-se para pegar na bola e agrediu um apanha-bolas, despertando uma nova polémica.

O Ministério Público chegou mesmo a acusar o jogador de ofensa à integridade física a um jovem que, na altura, tinha apenas 13 anos de idade, mas, dois anos depois, arquivou o caso, por entender não haver razões para uma condenação.

... e ainda um encosto a João Pinheiro

Não há duas sem três, e, a 28 de janeiro de 2023, Matheus Reis viu-se envolvido numa nova polémica... em mais um duelo entre Sporting e FC Porto, desta feita, a contar para a final da Taça da Liga, que culminou num triunfo azul e branco, por 0-2.

Em período de compensação, e sem tempo para evitar este desfecho, o brasileiro perdeu as estribeiras e encostou a cabeça ao árbitro, João Pinheiro, depois de este ter exibido um cartão amarelo ao companheiro de equipa, Gonçalo Inácio.

Inconformados com o caso, os dragões apresentaram com uma queixa junto do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa, que a arquivou, pelo que recorreram para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAD), que fez o mesmo, pelo que este escapou sem sanção.

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