Dois homens foram detidos em Annecy, França, por suspeitas do homicídio de dois irmãos, no passado mês de fevereiro, em Unhais da Serra, município da Covilhã.
De acordo com a SIC Notícias, trata-se de um sobrinho das vítimas e de um amigo deste, sobre os quais já caíam algumas desconfianças.
Tudo aponta para que os crimes tenham ocorrido na casa onde viviam os dois irmãos e a mãe, doente de Alzheimer.
O Notícias ao Minuto confirmou junto de fonte da PJ as detenções.
Mais tarde, através de comunicado, a autoridade policial acrescentou que os suspeitos "encontram-se sob custódia das autoridades francesas" e que a recolha de prova decorrente da investigação permitiu à sua polícia científica "alicerçar os fundamentos da suspeita do duplo homicídio, ocorrido em Unhais da Serra, no passado mês de fevereiro".
A PJ indicou, ainda, que a detenção foi executada "pelas autoridades policiais francesas, acompanhada por dois elementos do Departamento de Investigação Criminal da Guarda".
Mortos com "extrema violência", "à pancada"
Recorde-se que, no passado dia 3 de março, a PJ fez uma descoberta macabra numa zona florestal da Covilhã. Os corpos de dois irmãos de Unhais da Serra, desaparecidos há mais de uma semana, jaziam ali, semienterrados.
Poucos pormenores foram dados pelas autoridades sobre o caso na altura, no entanto, foi divulgado, em várias reportagens de diferentes meios de comunicação social, que Alexandre e Pedro Marques, de 55 e 61 anos, teriam sido mortos com "extrema violência", alegadamente, "à pancada".
A mãe, de 85 anos, com quem Pedro e Alexandre viviam - e que, alegadamente, sustentava-lhes o vício da droga - foi imediatamente colocada fora da lista de suspeitos, uma vez que tem demência.
No entanto, desde o início que se sabia que, no mesmo dia que Pedro e Alexandre desapareceram, o sobrinho levou a avó para França, onde a família está emigrada há vários ano.
Com ele, veio até Portugal um amigo, "já com o cadastro criminal manchado por tráfico de droga, assaltos e extorsão".
Numa reportagem emitida em abril, a SIC explicava que a PJ tinha trocado informações com as autoridades francesas sobre os suspeitos, mas era ao Ministério Público (MP) que cabia avaliar se havia provas suficientes para acionar a chamada diligência europeia de investigação, que podia levar a detenção destes, o que terá acontecido agora.
[Notícia atualizada às 13h20]
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