Entre eles estava o padre Miguel Cavaco, 36 anos, que promete vir todos os dias à Praça ver o resultado da votação do Colégio Cardinalício para o sucessor de Francisco.
"Esperamos um Papa de unidade, não que seja uma solução de consenso, mas de unidade", afirmou o sacerdote nascido em Barrancos.
"Unidade não é unicidade", acrescentou o amigo, o brasileiro António Augusto, à saída da Praça de São Pedro.
A poucos metros, a paraguaia Guaria fazia campanha por um novo Papa latino-americano.
Catecúmena e dirigente da rede sinodal de Assunção, Guaria explicava porque é que a Igreja precisa de mais um Papa latino-americano.
"Os nossos padres e os nossos bispos estão perto de nós, sabem os nossos problemas. Aqui na Europa, não vemos um cardeal a beber uma cerveja com as pessoas normais", dizia a uma televisão do seu país e à Lusa.
O fumo negro irrompeu rapidamente e gerou alguma surpresa junto dos fiéis.
"É sempre emocionante, esperamos o [fumo] branco, rezamos pelo branco. Mas depois, não ficamos desiludidos com o [fumo] negro, porque é sinal de que vimos cá outra vez", afirmou uma freira italiana à Lusa.
Este fumo negro resulta das duas votações da manhã, que terão sido insuficientes para obter uma maioria de dois terços que garanta a sucessão de Francisco.
Durante a tarde deverão decorrer mais duas votações e, caso não haja fumo branco a meio da tarde, espera-se que, ao final do dia, a chaminé volte a fumegar.
Ao fim de três dias de votação sem uma maioria de dois terços, os cardeais suspendem a votação durante um dia.
Depois da eleição e do fumo branco, o novo Papa irá escolher o seu nome e será apresentado aos fiéis presentes na Praça de São Pedro.
Nessa ocasião, o Conclave terminará e os cardeais deixarão a Casa de Santa Marta. Só dias depois, como é tradição na Igreja Católica, é que o novo Papa irá presidir à sua missa de início de Pontificado.
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