Fórum Shangri-La sob tensão China-EUA com provável ausência de ministro

O ministro da Defesa chinês deverá estar ausente no fórum Diálogo de Shangri-La, em Singapura, apesar de as ambições da China na região do Indo-Pacífico estarem no topo da agenda.

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© Ore Huiying/Bloomberg via Getty Images

Lusa
28/05/2025 17:10 ‧ ontem por Lusa

Mundo

China

Segundo o jornal britânico Financial Times, Dong Jun deverá faltar ao principal fórum de segurança da região, após anos de participação regular por parte dos seus antecessores.

 

Dong assumiu a pasta em dezembro passado, depois de os dois ministros anteriores terem sido afastados no âmbito de uma vasta campanha anticorrupção lançada pelo líder chinês, Xi Jinping.

O Diálogo de Shangri-La reúne a partir de sexta-feira em Singapura líderes, analistas e representantes militares de dezenas de países do Indo-Pacífico --- palco de uma disputa por influência cada vez mais intensa entre Pequim e Washington.

Organizado pelo grupo de reflexão (think tank) International Institute for Strategic Studies (IISS), o fórum decorre entre 31 de maio e 2 de junho e contará com a presença do secretário da Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, do primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, e do Presidente francês, Emmanuel Macron, que está a realizar um périplo pela região.

O Diálogo de Shangri-La tem servido como um dos poucos canais de contacto direto entre os chefes da Defesa dos Estados Unidos e da China, numa altura em que, há mais de uma década, não se realizam visitas bilaterais oficiais entre as partes.

Nos últimos anos, a delegação chinesa tem estado sob pressão, à medida que as reivindicações territoriais de Pequim sobre Taiwan e sobre os mares do Sul e do Leste da China suscitaram tensões com quase todos os países vizinhos, do Japão às Filipinas.

A crescente assertividade da China no Indo-Pacífico já levou à formação de novas parcerias regionais lideradas pelos Estados Unidos, incluindo o grupo Quad e o pacto de segurança AUKUS.

Do lado dos Estados Unidos, Pete Hegseth deverá reiterar o compromisso de Washington com a segurança dos seus parceiros asiáticos e defender o reforço da cooperação multilateral para conter comportamentos "coercivos" no Indo-Pacífico.

A questão nuclear da península coreana e a guerra na Ucrânia deverão ser outros temas debatidos no fórum.

Leia Também: Bruxelas quer atrair tecnológicas em fase inicial face aos EUA e China

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