"Estou em contacto direto com a equipa em Gaza. Hoje será um dia crucial. Os camiões carregados de ajuda vital estão finalmente de novo em movimento", declarou o subsecretário na sua conta da rede social X.
Após um bloqueio total de quase três meses, Israel deixou entrar, desde a semana passada, dezenas de camiões de ajuda às organizações humanitárias, mas estas queixam-se de que não são suficientes para uma população de mais de dois milhões de pessoas, bem como de impedimentos à sua entrega devido à falta de segurança.
Ao mesmo tempo, Israel lançou na terça-feira, através de uma nova fundação apoiada pelos Estados Unidos, um novo sistema de distribuição concentrado em quatro pontos no sul de Gaza, enquanto a ONU o tem feito em centenas de locais em todo o enclave.
We have the supplies, plan, will, and networks to deliver massive amounts of lifesaving aid to civilians in Gaza, in line with humanitarian principles, as the world is demanding.
— Tom Fletcher (@UNReliefChief) May 27, 2025
Enough. Let us work. No more time to lose.
Este sistema tem a forte oposição da ONU e das organizações humanitárias, que afirmam que carece de neutralidade e que obriga os habitantes de Gaza a deslocações forçadas.
No primeiro dia do novo sistema de distribuição, um jovem de 19 anos foi morto e 48 outras pessoas ficaram feridas quando o exército israelita disparou contra centenas de pessoas que saltaram as vedações e invadiram descontroladamente uma das áreas de distribuição de ajuda geridas pela fundação.
Hoje, na mensagem, o subsecretário-geral das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários não se referiu ao acontecimento de terça-feira, mas disse estar impressionado com a coragem dos trabalhadores humanitários, que "continuam a enfrentar enormes desafios para retirar os abastecimentos dos postos de controlo e levá-los para onde são necessários".
"Um trabalho vital, que salva vidas", elogiou.
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