A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, lamentou esta quinta-feira a morte de Martina Carbonera, a adolescente de 14 anos assassinada pelo ex-namorado, em Afragola, na província de Nápoles.
Numa publicação na rede social X, Meloni sublinhou que "Martina tinha apenas 14 anos" e "tinha a vida pela frente", mostrando-se "chocada" com o crime.
"Martina tinha apenas 14 anos. Tinha a vida pela frente, os seus sonhos, as suas amizades, a sua escola. Foi-lhe tirada com uma violência que a deixa sem fôlego, brutalmente assassinada por aqueles que diziam amá-la. Um crime impiedoso que afeta profundamente cada pai, cada cidadão, cada ser humano", escreveu.
"A sua morte choca-nos. Obriga-nos a encarar um mal profundo, que não podemos ignorar nem normalizar: a violência cega e possessiva que muitas vezes atinge as mulheres, mesmo as mais jovens", acrescentou.
Na nota, a primeira-ministra italiana deixou um "abraço à família de Martina, cheio de dor e proximidade" e considerou que "a justiça tem a tarefa de intervir com a máxima severidade".
Martina aveva solo 14 anni.
— Giorgia Meloni (@GiorgiaMeloni) May 29, 2025
Aveva la vita davanti, i sogni, le amicizie, la scuola. Le è stata tolta con una violenza che lascia senza fiato, uccisa brutalmente da chi diceva di volerle bene. Un delitto spietato, che colpisce nel profondo ogni genitore, ogni cittadino, ogni… pic.twitter.com/OllCpbTGhV
Recorde-se que Martina Carbonero foi encontrada morta no armário de uma casa abandonada em Afragola, durante a madrugada desta quarta-feira. Segundo a imprensa local, a vítima foi morta pelo ex-namorado, de 18 anos, que não terá aceitado o fim do relacionamento.
A adolescente foi dada como desaparecida pela mãe, que teve um "mau pressentimento" quando a filha não lhe atendeu o telemóvel, na noite de segunda-feira, revela a agência de notícias italiana ANSA.
As buscas centraram-se nos arredores de um antigo estádio da região, onde a adolescente foi vista pela última vez através de câmaras de videovigilância. O ex-namorado, Alessio Tucci, ajudou nas operações de busca, mas foi o seu discurso incoerente que o denunciou.
Mais tarde, o jovem, nascido em julho de 2006, confessou às autoridades que tinha agredido a ex-namorada com uma pedra após uma discussão. "Matei-a porque ela deixou-me", terá dito, segundo a ANSA.
O suspeito foi detido e acusado dos crimes de homicídio e ocultação de cadáver.
Leia Também: "Deixou-me". Adolescente de 14 anos morta à pedrada pelo 'ex' em Itália