A 22 de março de 2021, a China impôs sanções a dez indivíduos e a quatro entidades relacionadas com a União Europeia (UE), incluindo cinco eurodeputados e o subcomité dos Direitos Humanos do Parlamento Europeu.
As sanções, que proibiam os visados de entrar em território chinês, levaram o Parlamento Europeu a suspender todo o diálogo oficial com a China.
Em comunicado, a instituição europeia anunciou hoje que os cinco eurodeputados, que em 2021 pertenciam ao subcomité sancionado, já não estão abrangidos pelo regime de sanções de Pequim.
Citada na nota informativa divulgada, a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, considerou que os eurodeputados devem poder exercer as suas funções, incluindo "discutir os interesses europeus" com a China "sem medo de quaisquer repercussões".
"A nossa relação com a China continua a ser complexa e multifacetada. A melhor maneira de abordá-la é através do diálogo", frisou a líder do hemiciclo europeu.
Ainda no mesmo comunicado, o Parlamento Europeu referiu que "continuará a ser um forte defensor dos direitos humanos universais e dos valores fundamentais em todo o mundo", ao mesmo tempo que "procura dialogar com os parceiros globais de uma forma baseada em princípios e com visão clara".
O anúncio do levantamento das sanções foi feito à Conferência de Presidentes, que inclui não só Roberta Metsola, mas também os presidentes dos grupos políticos representados nos hemiciclos de Bruxelas e Estrasburgo.
Em setembro do ano passado, Pequim tentou uma primeira abordagem para restabelecer o contacto com o Parlamento Europeu. Desde o outono passado, realizaram-se múltiplas reuniões a vários níveis, que culminaram na decisão hoje divulgada, referiu também a nota informativa.
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