"Perdemos o contacto com o grupo que mantinha o soldado Edan Alexander como refém após um bombardeamento [israelita] que teve como alvo a localização. Continuamos a tentar recuperar o contacto", indicou o porta-voz da organização, Abu Obeida, numa mensagem na rede social Telegram.
Edan Alexander é o único refém vivo com nacionalidade norte-americana ainda mantido pelo movimento, que divulgou, no sábado, um vídeo, aparentemente encenado, com imagens do sequestrado.
No vídeo, Edan Alexander aparece a gritar e a gesticular de forma intensa, culpando o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, pela ausência de um acordo que permita a libertação.
"Há três semanas, ouvi dizer que o Hamas estava disposto a libertar-me, mas o senhor recusou e deixou-me aqui!", disse Alexander, referindo-se às atuais negociações para tentar alcançar um novo cessar-fogo.
"Cheguei ao limite com o nojo que sinto pelo mundo e pelo Governo israelita. Vejo Netanyahu a agir como um ditador e estou a desmoronar-me física e mentalmente", acrescentou no vídeo.
Na mesma mensagem, o Hamas indicou que vai continuar "a tentar" contactar o grupo e chegou a insinuar que Israel poderá estar a tentar provocar a morte do refém para "aliviar a pressão exercida pelos prisioneiros com dupla nacionalidade" e assim não interromper a ofensiva militar.
Após o anúncio, as Brigadas al-Qassam divulgaram um outro vídeo com um aviso e imagens de caixões contendo oito reféns mortos que foram entregues no âmbito do acordo de cessar-fogo.
"Recebereis os corpos destroçados pelos mísseis do exército israelita", referiram no vídeo.
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