Macron "tomou nota" da demissão de Barnier, que assegurará "quotidiano"

O primeiro-ministro ficará a cargo dos "assuntos quotidianos" até à nomeação de um novo Executivo.

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Notícias ao Minuto
05/12/2024 14:30 ‧ 05/12/2024 por Notícias ao Minuto

Mundo

França

O presidente francês, Emmanuel Macron, aceitou o pedido de demissão do primeiro-ministro, Michel Barnier, que continuará a cargo "dos assuntos quotidianos até à nomeação de um novo governo".

 

"O primeiro-ministro apresentou hoje a demissão do seu governo ao Presidente da República, que tomou nota da mesma", indicou o Eliseu, em comunicado.

A nota apontou ainda que o chefe do Executivo e os restantes membros do governo ficarão a cargo "dos assuntos quotidianos até à nomeação de um novo governo".

Macron deverá hoje ainda dirigir-se aos franceses num discurso televisivo, às 20h00 horas de Paris (19h00 de Lisboa).

A demissão de Barnier surge na sequência da derrota do seu governo numa moção de censura apresentada pelo bloco de partidos de esquerda Nova Frente Popular (NFP) e apoiada pela extrema-direita de Marine Le Pen, União Nacional (RN, sigla em francês), na quarta-feira.

Os líderes desta aliança salientaram, de forma clara, que não visavam apenas o atual governo, mas também Emmanuel Macron, ainda que o seu futuro, cujo mandato termina em 2027, não esteja legalmente ligado ao do governo.

As eleições legislativas no mês seguinte deram origem a uma Assembleia Nacional muito fragmentada e Barnier só tomou posse como primeiro-ministro em 5 de setembro, sucedendo a Gabriel Attal, após 60 dias de impasse. Assim, a queda do executivo, após apenas três meses em funções, é a mais rápida desde a adoção da Constituição francesa em 1958.

Com o atual cenário, o país corre o risco de uma crise financeira ligada ao nível de confiança dos mercados na capacidade das autoridades públicas de contrair empréstimos a taxas baixas.

A esquerda, sob a bandeira da NFP, é o grupo com mais deputados, mas após as eleições o presidente descartou a possibilidade de propor um primeiro-ministro deste bloco, argumentando que não receberia apoio de outras famílias políticas.

Nos últimos dias, vários nomes têm surgido nos meios de comunicação social, sem que haja um favorito claro e com a possibilidade de um Governo de tecnocratas, uma situação a que a França nunca teve de recorrer.

[Notícia atualizada às 14h44]

Leia Também: Acabou reunião! Primeiro-ministro francês já terá apresentado demissão

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