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Opositor a Orbán reitera apelos para a mudança durante manifestação

Um candidato a desafiar o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, reiterou hoje os apelos para a mudança, ao liderar um protesto de vários milhares de pessoas para exigir uma maior proteção para as crianças e a demissão do Governo.

Opositor a Orbán reitera apelos para a mudança durante manifestação
Notícias ao Minuto

23:21 - 26/04/24 por Lusa

Mundo Hungria

Os manifestantes concentraram-se frente ao Ministério da Administração Interna, em Budapeste, e apelaram ao responsável, Sándor Pintér, para se demitir, face ao que consideram ser um falhanço na prevenção de abusos sexuais de crianças nas instituições do Estado, um crime que levou a convulsões políticas na Hungria nos últimos meses.

Peter Magyar, um advogado de 43 anos que emergiu como uma nova voz da oposição ao governo de direita na Hungria, usou o retrato que Orbán faz de si próprio como defensor da família e dos valores tradicionais, e pediu reformas genuínas dirigidas ao bem-estar das crianças.

"Temos um Governo que se diz amigo da família. É um Governo que pretende ser cristão. Um Governo que mente sobre ser pela paz", disse Magyar à multidão.

"A verdade é o oposto. Mentem de manhã à noite, mentem tanto quanto podem", acrescentou.

A manifestação foi a mais recente numa série de grandes protestos antigovernamentais que Magyar mobilizou nas últimas semanas e surge num momento em que o recém-chegado político faz campanha para as eleições europeias, em junho, com o seu novo partido, Respeito e Liberdade (TISZA).

Apelou a Orbán e ao Governo para se demitirem e prometeu representar uma terceira opção para os húngaros desiludidos com a governação de 14 anos de Orbán e com os fragmentados e ineficazes partidos da oposição húngara.

Ex-membro do partido Fidesz, de Orbán, e ex-marido da ex-ministra da Justiça e aliada de Orbán Judit Varga, Magyar ganhou destaque quando acusou publicamente o Governo de corrupção e clientelismo, após um escândalo de abuso sexual infantil que levou às demissões, em fevereiro, do Presidente e do ministro da justiça.

O escândalo eclodiu depois de ter sido revelado que o ex-Presidente, Katalin Novák, concedeu um perdão presidencial a um homem condenado por tentar encobrir abusos sexuais numa casa rural para jovens.

Leia Também: Posição sobre Ucrânia? Orbán diz que Bruxelas está a "brincar com o fogo"

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