Congresso dos EUA adia envio dos artigos sobre Mayorkas para o Senado
O líder republicano da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, vai adiar o envio dos artigos da destituição do secretário da Segurança Interna, Alejandro Mayorkas para o Senado, depois dos senadores republicanos terem pedido na terça-feira mais tempo para reunirem apoio.
© Graeme Sloan/Bloomberg via Getty Images
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A súbita mudança de planos lançou novas dúvidas sobre o processo, a primeira destituição de um secretário de Estado em cerca de 150 anos.
Numa crítica a forma como a Administração Biden tem lidado com a fronteira do sul, os republicanos da Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso) tentaram em fevereiro aprovar o processo de destituição de Alejandro Mayorkas, mas adiaram o envio dos artigos enquanto concluíam o acordo do orçamento federal.
O objetivo de Mike Johnson era enviar a acusação de destituição ao Senado esta quarta-feira à noite, mas perante a evidência de que o processo seria rapidamente chumbado pelos democratas (que detêm a maioria de controlo desta câmara), os senadores republicanos pediram a Johnson que adiasse o envio para a próxima semana.
"Os nossos membros querem ter a oportunidade não apenas de debater, mas também de votar algumas das questões que queiram levantar", disse o senador do Dakota do Sul John Thune, o segundo líder republicano no Senado.
De acordo com as regras, os senadores estão obrigados a reunir-se como jurados no dia seguinte aos artigos da destituição serem entregues para julgamento.
"Não há qualquer motivo para o Senado abdicar da sua responsabilidade de realizar um julgamento de destituição", afirmou o porta-voz de Johnson, Taylor Haulsee, na declaração em que anunciou o andamento do envio dos artigos.
Os republicanos da Câmara dos Representantes acusaram Mayorkas, com dois artigos de impugnação: por se recusar a aplicar a lei existente e por violar a confiança pública ao mentir ao Congresso e ao dizer que a fronteira era segura.
Os democratas - e alguns republicanos - afirmam que as acusações se referem a uma disputa política, e não à proibição de crimes graves e contravenções prevista na Constituição.
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