O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que não concordava com a abordagem do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, quando questionado sobre como esteve estava a lidar com o conflito.
"Acho que o que está a fazer é um erro. Não concordo com a abordagem dele", referiu, citado pela agência France-Presse, numa entrevista transmitida esta terça-feira no Univision, um canal norte-americano em língua espanhola.
O líder norte-americano terá ainda feito um apelo a Telavive para um cessar-fogo e que permita "nas próximas seis ou oito semanas, um acesso total a toda a comida e medicamentos".
O discurso de Joe Biden tem vindo a endurecer, principalmente depois do ataque israelita que matou sete funcionários da organização humanitária World Central Kitchen - e que Israel referiu que foi "um erro", explicando como é que o resultado foi fatal.
A cronologia do ataque a funcionários por erro em Gaza. "Pareciam alvos"
Sete funcionários da organização humanitária World Health Kitchen morreram após um ataque das forças israelitas, na segunda-feira. Telavive considerou que tinha sido um "erro grave", e investigou a situação, tendo apresentado as conclusão na quinta-feira.
Notícias ao Minuto | 15:38 - 05/04/2024Após o ataque, o presidente norte-americano falou com Netanyahu, apelando a que este desse 'luz verde' a um cessar-fogo. Já então Biden estaria "frustrado" com a situação em Gaza. O líder tinha sido também 'aconselhado' pela sua mulher, Jill Biden, a 'travar' o conflito no Médio Oriente, tendo a revelação sido feita pelo próprio. "Acaba com isto", ter-lhe-á pedido a primeira dama.
Durante a entrevista, Biden disse ainda que já tinha falado com alguns países, como a Arábia Saudita, Jordânia e Egito e que estes estavam preparados para "levar comida" até aos territórios necessitados.
"Não há desculpa para não providenciar comida ou medicamentos para quem precisa. Isso devia ser feito agora", terá acrescentado.
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