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Estudo revela progressos na luta contra sida, malária e tuberculose

O estudo "Global Burden of Disease Study-2013", hoje publicado na revista Lancet, considera que houve progressos na luta contra a sida, malária e tuberculose desde a adoção dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, em 2000.

Estudo revela progressos na luta contra sida, malária e tuberculose
Notícias ao Minuto

20:17 - 23/07/14 por Lusa

Mundo Lancet

Segundo aquela publicação científica, resultados de uma pesquisa compreensiva sobre as três doenças mostram um "impacto real" da redução destas doenças no mundo, apesar de ainda haver muito para ser feito e as enfermidades continuaram a ser os principais desafios da saúde em 2013.

As novas estimativas dos últimos 13 anos mostram, por um lado, que o número de pessoas que vivem com o VIH, vírus que causa a sida, tem aumentado de forma constante, na ordem dos 29 milhões de pessoas, mas os dados indicam, por outro lado, que a malária está a matar mais pessoas do que o estimado anteriormente, embora o número de mortes tenha reduzido desde 2004.

Apesar das tendências de queda das taxas de prevalência de tuberculose, desde 2000, o número de pessoas que vivem com a doença em todo o mundo aumentou cerca de 8,5 milhões, em 1990, para cerca de 12 milhões em 2013.

No estudo, os investigadores consideram que a epidemia do VIH é menor do que estimada anteriormente e que as mortes prematuras decorrentes desta epidemia são 25 por cento mais baixas do que a última cálculos fornecidos pelo Programa Conjunto das Nações Unidas Sobre o HIV/Sida (ONUSIDA), em 2012.

Embora a incidência mundial de VIH tenha diminuído substancialmente anualmente, desde o seu pico em 1997 (ano em que se atingiu 2,8 milhões de novas infeções), por ano ainda são infetadas 1,8 milhões de pessoas.

No auge da epidemia, em 2005, o HIV causou 1,7 milhões de mortes em todo o mundo, mas este número caiu substancialmente para 1,3 milhões de mortes em 2013.

A revista Lancet considera que grandes progressos foram alcançados desde 2002 ao registar-se redução de novas infeções na ordem de 62 por cento em crianças.

No entanto, em mais de 100 países (74 dos quais Estados em desenvolvimento) a incidência do VIH tem aumentado.

As regiões com um aumento contínuo na mortalidade por VIH, desde 2000, incluem países ricos da Ásia-Pacífico, Ásia Central e Oriental, Europa, o Médio Oriente, Oceânia, o norte da África e África subsaariana, onde se registam casos de usuários de drogas intravenosa.

"Isso pode ser em parte porque os países estão menos inclinados a prestar serviços de tratamento para usuários de drogas, ou porque os usuários de drogas são um grupo mais difícil para os serviços de saúde alcançarem", considera a revista Lancet.

Desde 1996, pelo menos 19,1 milhões de pessoas foram salvas graças à terapia antirrevorial, 5,7 milhões dos quais de países ricos e 13,4 milhões (70 por cento do total de infetados) de nações em via de desenvolvimento.

Os resultados relativos à luta contra a tuberculose demonstram ter havido um declínio de incidência da doença em 12 regiões do mundo, em comparação com a década anterior quando se definiu a sexta meta do Milênio, que apela para o combate do VIH/Sida, a malária, tuberculose e outras doenças.

Desde 2004, ano de pico os casos de malária, doença que "mata mais pessoas no mundo do que se pensava anteriormente", segundo o estudo, caiu de forma sistemática, em resultado dos esforços financeiros aplicados na luta contra o flagelo -- o financiamento subiu para 11,3 mil milhões de dólares entre 2000 e 2011.

A incidência global da malária atingiu o pico em 2003, com 232 milhões de novos casos, posteriormente, houve uma queda de cerca de 29 por cento, para 165 milhões de novos casos em 2013.

Quatro países ainda têm mais de cinco milhões de novas infeções de malária por ano: a Índia, um dos países mais populosos do mundo, com cerca dois mil milhões de habitantes, regista mais de 60 milhões de casos; a Nigéria (30 milhões), enquanto a República Democrática do Congo e Moçambique registam seis milhões de infeções/ano cada.

As mortes por malária atingiram o pico em 2004, cerca de 1,2 milhões, mas no ano passado registou-se um declínio para cerca de 855 mil - um pouco maior do que o número de mortes estimados pela OMS em 2013 (627 mil mortes).

Três países - Nigéria, República Democrática do Congo, e Índia - são responsáveis por cerca de metade de todas as mortes por malária, que continua a ser a principal causa de mortes em crianças na África Subsaariana, apesar de ter caído em quase um terço (31,5 por cento) desde 2004.

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