Procuradores e polícia fazem buscas na casa da Presidente do Peru
A casa da Presidente do Peru, Dina Boluarte, foi alvo de buscas policiais no âmbito da investigação preliminar aberta por alegado crime de enriquecimento ilícito, noticiou hoje a imprensa local.
© REUTERS/Sebastian Castaneda
Mundo Peru
Imagens divulgadas pela imprensa mostraram um grupo de agentes a arrombar a fechadura da casa da Presidente peruana, que na altura não estava em casa, onde se encontrava apenas um dos filhos, embora um dos advogados tenha chegado mais tarde à residência, na zona de Surquillo, em Lima.
A televisão Canal N mostrou imagens de um grande contingente policial que permanecia, esta madrugada, na área junto à casa da Presidente, enquanto vários agentes policiais e procuradores permaneciam no interior.
O Ministério Público ainda não avançou qualquer informação formal sobre a intervenção.
De acordo com a estação de rádio RPP, a busca e apreensão foi aprovada pelo juiz do Supremo Tribunal de Justiça, Juan Carlos Checkley, na sequência de uma providência cautelar apresentada pelo procurador-geral Juan Carlos Villena no âmbito da investigação de alegado crime de enriquecimento ilícito, sob a forma de falta de registo de declarações em documentos.
Nos últimos dias, a Presidência do Peru e o Ministério Público têm estado em conflito relativamente ao processo iniciado no âmbito da investigação sobre a alegada falta de declaração dos relógios de luxo de Boluarte.
Na passada quarta-feira, o Ministério Público denunciou que as visitas à casa da governante e ao Palácio do Governo foram frustradas, enquanto a Presidência garantiu que os representantes do Ministério Público foram atendidos por pessoal do gabinete de Boluarte, depois de terem recebido uma notificação enviada à chefe de Estado.
O Procurador Supremo Hernán Mendoza declarou, perante a Comissão de Controlo do Congresso, que a Presidente "frustrou as investigações" ao não comparecer às convocatórias emitidas para terça e quarta-feira.
Na sequência desta situação, a defesa legal de Boluarte solicitou o reagendamento das diligências.
A 18 de março, o Ministério Público instaurou um processo preliminar contra Boluarte neste caso, uma vez que a Presidente devia ter declarado estes bens no registo de propriedade perante o Júri Nacional de Eleições (JNE) e o Ministério Público assinalou não ter sido feito.
No entanto, Boluarte declarou, na semana passada, que se comprometia a comparecer no Ministério Público para responder no âmbito desta investigação.
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