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Libertado jornalista detido em operação militar israelita em Gaza

O jornalista da Al Jazeera detido hoje durante a operação militar do exército israelita no hospital al-Shifa, em Gaza, foi libertado 12 horas após a detenção, noticiou aquele canal de notícias do Qatar.

Libertado jornalista detido em operação militar israelita em Gaza
Notícias ao Minuto

23:57 - 18/03/24 por Lusa

Mundo Israel/Palestina

Ismail al Ghoul disse à Al Jazeera, após a sua libertação, que "as forças israelitas invadiram o hospital al-Shifa ao amanhecer, no decurso de intensos confrontos armados", destruíram o equipamento e começaram a "prender os jornalistas reunidos numa sala".

Segundo o correspondente do canal, foram "despidos" e presos numa sala do recinto hospitalar, "deitados de bruços, vendados e com as mãos amarradas". O paradeiro de alguns elementos da sua equipa ainda não foi confirmado pela emissora.

O exército israelita reivindicou hoje ter "eliminado" 20 combatentes palestinianos no hospital al-Shifa, na cidade de Gaza, onde lançou de madrugada uma operação militar.

"O exército israelita [...] continua a realizar operações cirúrgicas no hospital al-Shifa para impedir o terrorismo. Até à data, 20 terroristas foram eliminados no hospital al-Shifa em vários confrontos e dezenas de suspeitos detidos estão atualmente a ser interrogados", declarou o exército em comunicado.

Entre os detidos, denunciou depois a al-Jazeera, estava o jornalista Ismail al-Ghoul, que se encontrava no local com a sua equipa e que foi agredido pelas tropas israelitas.

"Estes ataques constituem uma tática de intimidação contra os jornalistas, para os dissuadir de relatar os crimes horríveis cometidos pelas forças de ocupação [israelitas] contra civis inocentes em Gaza", denunciou a al-Jazeera, que exigiu a "libertação imediata" de al-Ghoul.

Hoje de madrugada, o exército israelita invadiu com tanques e franco-atiradores o Hospital al-Shifa, o mais importante do enclave e que já tinha sitiado outras três vezes, causando mortes entre os mais de 30.000 deslocados que se refugiam naquele centro, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, que é controlado de facto pelo grupo islamita palestiniano Hamas, autor dos atentados contra Israel a 07 de outubro de 2023, que desencadearam a atual guerra.

Israel alega que, de acordo com informações dos seus serviços de informação, havia suspeitas de que se encontravam no centro altos responsáveis do Hamas e as tropas optaram por conduzir "uma operação cirúrgica para impedir a atividade terrorista e deter os terroristas no complexo", segundo um comunicado militar israelita.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada pelo ataque perpetrado a 07 de outubro de 2023 pelo Hamas no sul de Israel, que causou a morte de pelo menos 1.160 pessoas, na sua maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelitas.

A operação militar israelita lançada em represália causou mais de 31.700 mortos na Faixa de Gaza, na sua maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.

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