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Tensões globais levam recorde de participantes em conferência de Munique

A 60ª edição da Conferência Internacional de Segurança de Munique, que começa esta sexta-feira, espera o maior número de participantes de sempre, de acordo com a organização, devido à situação mundial tensa.

Tensões globais levam recorde de participantes em conferência de Munique
Notícias ao Minuto

14:08 - 15/02/24 por Lusa

Mundo Segurança

A capital da Baviera vai receber, até domingo, mais de 50 chefes de estado e de governo, cerca de 60 ministros dos Negócios Estrangeiros, incluindo de Portugal, e mais de 25 ministros da Defesa, assim como outros representantes políticos e militares.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos estados ocidentais do G7 também deverão reunir-se à margem da conferência.

"Penso que concordarão comigo que, hoje, este ano, temos crises, conflitos e desafios como raramente, ou nunca, tivemos nos últimos 60 anos", afirmou o organizador da conferência, Christoph Heusgen, na antecipação do evento, em Berlim.

O lema deste ano é "paz através do diálogo" com foco nos principais conflitos no mundo.

Na sexta-feira, o programa principal do evento estará centrado nos desafios de segurança global, incluindo o futuro da governação global e do multilateralismo, a resiliência democrática, a segurança climática, a segurança nuclear, as migrações e o futuro da Inteligência Artificial.

O estado da ordem internacional, bem como os conflitos e crises regionais, que vão da Ucrânia ao Sudão e ao Médio Oriente, vão estar em discussão no sábado.

A conferência termina domingo com debates sobre o papel da Europa no mundo e as suas relações com os parceiros, de acordo com as informações oficiais.

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, deverá abrir a conferência este ano. Também é aguardada a presença do presidente de Israel, Isaac Herzog, mas não do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, também volta a participar nesta 60ª edição.

A agência de notícias alemã DPA acrescenta aos participantes os nomes de Kamala Harris, vice-presidente dos Estados Unidos, e do secretário de estado norte-americano, Antony Blinken.

A representar o governo alemão estará o chanceler Olaf Scholz, a ministra dos Negócios Estrangeiros, Annalena Baerbock, o ministro da Defesa Boris Pistorius, o vice-chanceler Robert Habeck, e o ministro das Finanças, Christian Lindner.

Não marcarão presença representantes governamentais da Rússia, do Irão, nem elementos do partido de extrema-direita alemão AfD.

São esperadas também várias manifestações, e um reforço da segurança no local, com mais de cinco mil agentes, um aumento em relação ao ano passado, e o maior de sempre.

"Já foram registadas cerca de 20 concentrações planeadas", revelou o vice-presidente da Polícia de Munique, Michael Dibowski, em conferência de imprensa na terça-feira, "e esperamos que mais se juntem espontaneamente".

Tendo em conta a situação geopolítica, Dibowski acredita existir "um perigo abstrato acrescido", assegurando, ainda assim, não haver "indícios concretos de ameaças".

A primeira conferência ocorreu em 1963, numa escala muito menor, com o nome de "International Wehrkunde-Begegnung". Desde então, é realizada presencialmente em Munique, em fevereiro, exceto em 2021 que, devido à pandemia de covid-19, foi necessário restringi-la ao formato digital.

A agenda detalhada do evento só será publicada pouco antes do arranque, na sexta-feira. A Conferência Internacional de Segurança de Munique termina no domingo.

Leia Também: França e Ucrânia firmam sexta-feira acordo bilateral sobre segurança

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