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Chineses enfrentam clima extremo no regresso a casa para Ano Novo Lunar

Por estrada ou por mar, de avião ou comboio, milhões de chineses enfrentam clima extremo a caminho da terra natal para festejar a passagem do ano lunar com a família, na maior migração interna do planeta.

Chineses enfrentam clima extremo no regresso a casa para Ano Novo Lunar
Notícias ao Minuto

13:56 - 09/02/24 por Lusa

Mundo China

O 'chunyun', a temporada de viagens por ocasião do Ano Novo Lunar, é a primeira que se realiza sem a sombra da pandemia da covid-19. A China só no início do ano passado desmantelou por completo a política de 'zero casos' de covid-19, o que suscitou uma crise de saúde que coincidiu com o período festivo.

No entanto, o frio extremo e a queda de neve em várias províncias chinesas ameaça arruinar este ano a festa para muitas famílias. Segundo a imprensa local, milhares de automobilistas ficaram esta semana retidos em autoestradas do centro da China devido à neve intensa.

O aeroporto de Wuhan, a capital de Hubei, fechou temporariamente as pistas várias vezes devido ao gelo. Alguns voos e comboios foram cancelados, deixando os viajantes retidos.

De acordo com o jornal The Paper, alguns passageiros tiveram de esperar mais de 20 horas para viajar entre cidades, embora em alguns casos os comboios tenham sido cancelados sem oferecer alternativas, deixando as pessoas completamente bloqueadas.

A imprensa local referiu que desde 2008 que as previsões meteorológicas não eram tão más durante o período de pico das viagens do Ano Novo Lunar.

O país espera cerca de nove mil milhões de deslocações internas entre 26 de janeiro e 5 de março. Trata-se da maior migração anual do mundo, que ocorre todos os anos antes, durante e depois do feriado do Ano Novo Lunar, cujos feriados oficiais calham este ano entre 10 e 17 de fevereiro.

"É fatigante", admitiu à agência Lusa Xiaowang, que vai percorrer de comboio os mais de 2.000 quilómetros que separam Pequim e a sua terra natal, na província de Sichuan, uma jornada de 20 horas. "Mas esta data é muito importante para os chineses: é quando nos reunimos com a família", contou.

Trata-se da principal festa das famílias chinesas, equivalente ao natal nos países ocidentais, e celebra-se este ano sob o signo do Dragão, um dos doze animais do milenar zodíaco chinês.

Na estação de comboios da região oeste de Pequim, o frenesim é constante: milhares de trabalhadores rurais, carregados com malas ou sacos, iniciam o regresso a casa.

"Comprei os bilhetes com meio mês de antecedência", disse Chen Jinghuai, que vai viajar 17 horas de comboio entre Pequim e a sua terra natal, na província de Anhui, à Lusa. "Durante este período, esgotam rápido", contou.

Para muitos dos quase 300 milhões de trabalhadores migrantes empregados nas prósperas cidades do litoral, está é a única altura do ano em que reveem os filhos, que permanecem geralmente com os avós no interior do país.

"Casa significa para mim um lugar de afetos; um porto seguro", contou Wu Shen, estudante numa universidade de Pequim. "Todos os anos regresso para estar junto com os meus pais".

Todas as escolas, do ensino primário ao superior, fecham durante um mês. Para muitos trabalhadores, as folgas e feriados concedidos nesta quadra pelo Governo e as empresas constituem as únicas férias do ano.

Na China e em todas as 'chinatown' espalhadas pelo mundo, os edifícios são engalanados com lanternas vermelhas, enquanto nas ruas se lançam petardos e fogo-de-artifício para "afugentar os maus espíritos'.

Dragões de vários tamanhos e feitios ornamentam as lojas e os centros comerciais.

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