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Ex-conselheiro de Trump condenado por desafiar investigação no Congresso

O conselheiro da Casa Branca da era do ex-presidente Donald Trump, Peter Navarro, condenado por desrespeito ao Congresso por recusar cooperar com investigação, foi condenado hoje a quatro meses de prisão.

Ex-conselheiro de Trump condenado por desafiar investigação no Congresso
Notícias ao Minuto

19:14 - 25/01/24 por Lusa

Mundo Peter Navarro

Navarro -- que se recusou a colaborar com o Congresso na investigação sobre a invasão do Capitólio em 06 de janeiro de 2021 por apoiantes de Trump - foi o segundo assessor deste ex-presidente a ser condenado por desrespeito ao Congresso, depois do ex-conselheiro da Casa Branca Steve Bannon, que também foi alvo de uma sentença de quatro meses, mas permanece em liberdade enquanto aguarda recurso.

Navarro foi considerado culpado de desafiar uma intimação para obter documentos e um depoimento do comité da Câmara de Representantes.

O ex-funcionário serviu como conselheiro comercial na Casa Branca no mandato de Donald Trump e, mais tarde, foi um dos defensores das alegações infundadas do ex-Presidente republicano de fraude eleitoral nas eleições de 2020.

Navarro já prometeu recorrer da sentença, alegando que não pode cooperar com o comité do Congresso porque Trump invocou o privilégio executivo para não ser investigado por ações cometidas enquanto ocupava a Casa Branca.

No entanto, um juiz proibiu-o de apresentar esse argumento no julgamento, concluindo que ele não demonstrou que Trump o tinha realmente invocado.

Navarro disse em tribunal que o comité da Câmara de Representantes que investigava o ataque de 06 de janeiro o levou a acreditar que o Congresso aceitara a sua invocação de privilégio executivo.

"Ninguém na minha posição deveria ser colocado em conflito entre o poder legislativo e o poder executivo", alegou Navarro perante o juiz.

O juiz reconheceu que foi preciso muita coragem da parte de Navarro para afirmar que aceitava a responsabilidade pelas suas ações, ao mesmo tempo que sugeriu que a sua acusação tinha motivação política.

"Você não é uma vítima. Não é objeto de um processo político. (...) Estas são circunstâncias que você mesmo criou", explicou o juiz.

Os advogados de Navarro aconselharam-no a não se dirigir ao juiz, mas o ex-conselheiro da Casa Branca disse que queria falar depois de ouvir o tribunal expressar o seu desapontamento com o seu comportamento, para dizer que ficou inseguro sobre a reação que deveria ter neste caso.

O juiz permitiu que a defesa de Navarro apresente um pedido para autorização para que este permaneça em liberdade enquanto aguarda recurso.

A sentença de Navarro ocorre depois de um juiz ter rejeitado a sua proposta para a realização de um novo julgamento.

Os seus advogados argumentaram que os jurados podem ter sido indevidamente influenciados por manifestantes políticos fora do tribunal quando fizeram uma pausa nas deliberações.

Contudo, o juiz distrital dos EUA Amit Mehta concluiu que Navarro não demonstrou que o intervalo de oito minutos tenha tido qualquer efeito no veredicto de setembro.

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