Nigéria não investiga ataque aéreo que matou 40 pessoas há um ano
A Organização Não-Governamental (ONG) Amnistia Internacional (AI) criticou hoje o Governo da Nigéria por nao ter investigado nem procurado fazer justiça depois da morte de pelo menos 40 pessoas num ataque aéreo em Rukubi, há um ano.
© Reuters
Mundo Amnistia Internacional
"Um ano depois, as autoridades nigerianas não garantiram nem a justiça nem a prestação de contas pelo ataque aéreo que causou a morte de 40 pessoas em Rukubi", disse o diretor da AI para a Nigéria, Isa Sanusi, considerando que "é uma espera demasiado longa para as vítimas e as suas famílias".
Segundo a AI, o Governo do Presidente, Bola Tinubu, deve levar a cabo uma investigação "independente, imparcial e eficaz" sobre o ataque aéreo e muitos outros que se transformaram em "homicídios ilegítimos".
Os presumíveis responsáveis "devem comparecer perante a Justiça em julgamentos justos, incluindo os que têm responsabilidades individuais e os soldados e altos dirigentes militares", acrescenta-se no texto publicado na rede X, antigo Twitter, e citado pela agência espanhola de notícias, a EFE.
A bomba explodiu na localidade de Rukubi, perto da fronteira que separa os estados nigerianos de Nasarawa e Benue, no centro do país, uma das principais regiões em termos de produção de alimentos, e que é frequentemente palco de confrontos entre os agricultores cristãos e os pastores muçulmanos, devido à escassez de terras.
O governador do estado de Nasawara, onde explodiu a bomba, disse na altura que nenhum avião militar tinha sobrevoado a região, apontando para a possibilidade de um drone que sobrevoava a região.
No entanto, o jornal local PRNigeria publicou uma notícia dando conta de uma informação de uma fonte do Exército, que confirmou que as forças armadas tinham ordenado o ataque, depois de receberem informações credíveis sobre a presença de terroristas nas comunidades na fronteira entre Nasarawa e Benue.
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