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Líbano diz que é hora de "solução permanente" para causa palestiniana

O primeiro-ministro do Líbano, Nayib Mikati, sublinhou hoje que "chegou o momento de encontrar uma solução justa e permanente para a causa palestiniana" e defendeu que a sua concretização implica um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

Líbano diz que é hora de "solução permanente" para causa palestiniana
Notícias ao Minuto

16:01 - 10/01/24 por Lusa

Mundo Líbano

"Chegou o momento de encontrar uma solução justa e permanente para a causa palestiniana, que deve ser iniciada com um cessar-fogo e a abertura de um caminho para uma solução definitiva e exaustiva a partir da solução de dois Estados", palestiniano e israelita, disse no decurso de um encontro com a ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock.

Desta forma, sublinhou que o Líbano "respeita todas as resoluções internacionais, a começar com um acordo de paz [com Israel] para preservar uma estabilidade permanente no sul do Líbano", segundo um comunicado publicado na rede social X.

As autoridades libanesas apresentaram na terça-feira um terceiro pedido ao Conselho de Segurança da ONU pelas violações de Israel à resolução 1701, aprovada após a guerra de julho de 2006, segundo informou o diário libanês L'Orient-Le Jour.

Pouco antes da reunião entre Mikati e Baerbock, o Exército de Israel confirmava novos bombardeamentos contra a "infraestrutura terrorista e militar" do partido-milícia xiita libanês Hezbollah no sul do Líbano.

"Um avião da Força Aérea também atacou durante a noite uma sede militar na área da Kafr Shuba", acrescentou no comunicado, para além de indicar a destruição de um "posto de observação" do Hezbollah perto da fronteira comum.

O Hezbollah, apoiado pelo Irão, tem efetuado dezenas de ataques com 'drones' e projéteis contra o norte de Israel desde os ataques do Hamas palestiniano em 07 de outubro contra território israelita, uma situação que suscitou receios de um alastramento do conflito ao vizinho Líbano e inclusive a toda a região.

As tensões agravaram-se nos últimos dias após a morte de Saleh al-Arouri e outros seis membros do Hamas, incluindo dois altos responsáveis do braço armado do grupo, as Brigadas Ezzeldin al Qassam, num bombardeamento em Beirute.

O Governo libanês exigiu às Nações Unidas uma condenação desta ação e a adoção de "ações decisivas" face às "agressões" de Israel.

O conflito em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeado pelo ataque de 07 de outubro. Nesse dia, 1.140 pessoas foram mortas, na sua maioria civis mas também perto de 400 militares, segundo os últimos números oficiais israelitas. Cerca de 240 civis e militares foram sequestrados, com Israel a indicar que 127 permanecem na Faixa de Gaza.

Em retaliação, Israel, que prometeu destruir o movimento islamita palestiniano, bombardeia desde 07 de outubro a Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local liderado pelo Hamas, já foram mortas mais de 23.000 pessoas -- na maioria mulheres, crianças e adolescentes -- e feridas mais de 59 mil, também maioritariamente civis.

A ofensiva israelita também tem destruído a maioria das infraestruturas de Gaza e perto de dois milhões de pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas, a quase totalidade dos 2,3 milhões de habitantes do enclave, controlado pelo Hamas desde 2007.

A população da Faixa de Gaza também se confronta com uma crise humanitária sem precedentes, devido ao colapso dos hospitais, o surto de epidemias e escassez de água potável, alimentos, medicamentos e eletricidade.

Desde 07 de outubro, pelo menos 332 palestinianos também já foram mortos pelo Exército israelita e por ataques de colonos na Cisjordânia e Jerusalém leste, territórios ocupados pelo Estado judaico, para além de 5.600 detenções e mais de 3.000 feridos.

Leia Também: Líbano quer negociar "estabilidade a longo prazo" na fronteira com Israel

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