A Comissão Central de Supervisão e Disciplina, o braço anticorrupção do Partido Comunista da China (PCC), informou hoje no seu portal que 2023 foi "um ano chave para a prevenção e controlo da corrupção" e avançou, ao mesmo tempo, com medidas "normalizadas e eficazes" para combater a corrupção até 2024.
Entre os setores que vão receber mais escrutínio estão as finanças, empresas públicas, saúde, aquisição e venda de alimentos, revitalização rural, tabaco, desporto e estatísticas, detalhou a agência.
A mesma fonte assegurou que vai ser intensificada a investigação e punição dos casos de corrupção que se destacam pela sua natureza setorial, sistémica ou regional, e que vão ser realizadas "ações especiais de retificação" para "erradicar as causas e consequências" destes problemas.
A luta contra a corrupção no setor financeiro, que está ativa há vários anos, resultou até agora na acusação de vários funcionários de organismos reguladores e de quadros superiores de empresas.
A indústria do tabaco, de grande importância económica nas províncias produtoras de tabaco do centro e do sul do país, tem sido alvo de atividades ilícitas.
As autoridades anunciaram em outubro passado que Ling Chengxing, antigo presidente da Administração do Monopólio do Tabaco do Estado chinês, está a ser investigado por alegadas "violações graves" da lei.
O desporto também não foi poupado em 2023. Vários membros da Associação de Futebol da China e até o antigo selecionador chinês Li Tie foram acusados de corrupção.
O presidente da Superliga Chinesa, Liu Jun, também foi afastado por "violações regulamentares".
Após ascender ao poder, em 2012, o Presidente chinês, Xi Jinping, lançou uma campanha anticorrupção, considerada a mais persistente e ampla na história da República Popular.
A campanha levou à punição de milhões de funcionários e revelou grandes casos de corrupção, mas alguns críticos sugeriram que também está a ser usada para destruir as carreiras de rivais políticos de Xi.
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