Os serviços de emergência registaram "11 mortos e 88 feridos graves", anunciou Jean Traoré durante uma reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros e embaixadores.

Estes números são apenas provisórios, uma vez que vários feridos ainda estão a ser submetidos a tratamentos, acrescentou o responsável. Um relatório anterior apontava para, pelo menos, oito mortos.

A explosão, acompanhada de um incêndio, ocorreu pouco depois das 00h30 (01h30 em Lisboa), no bairro administrativo e empresarial de Kaloum, perto do porto na capital da Guiné-Conacri, segundo meios de comunicação e residentes contactados pela AFP.

Uma espessa nuvem de fumo cobriu os céus de Conacri esta madrugada enquanto os moradores fugiam da área do incidente, de acordo com imagens divulgadas nas redes sociais.

🇬🇳 | Explosão e grande incêndio num depósito de combustível em Conacri, Guiné. pic.twitter.com/JPvKeuwC06

— World Events (@Eventomund) December 18, 2023

Dezenas de viaturas da proteção civil acorreram à zona de Kaloum, segundo testemunhas à agência de notícias francesa.

"Kaloum está em chamas. O setor portuário está completamente barricado pela polícia e os bombeiros corriam em direção ao [local do] desastre", disse à AFP um morador da área, contactado por telefone.

Kaloum alberga a sede do Governo central, incluindo o Palácio Presidencial, a Assembleia Nacional, vários ministérios, embaixadas e bancos, assim como áreas residenciais.

ASSISTA: Grande explosão abalou um depósito de combustível na capital da Guiné, Conacri, deixando dezenas de feridos pic.twitter.com/byE9OLnfcG

— rio notícias (@gomesbil930) December 18, 2023

O governo de transição instituído pela junta militar, criada após o golpe de Estado de setembro de 2021, indicou à comunicação social local durante a madrugada que "um incêndio de causa desconhecida deflagrou no principal depósito de hidrocarbonetos da Companhia Petrolífera Guineense em Kaloum", exprimindo "profunda preocupação" com "um acontecimento cuja extensão e consequências podem ter um impacto direto na população".

A fonte governamental instou a população a manter-se afastada da zona, acrescentando que "os trabalhadores dos setores público e privado, com exceção das forças de segurança e de defesa e dos trabalhadores médicos, são convidados a permanecer em casa".

"As escolas públicas e privadas permanecerão encerradas", ainda segundo o governo, que prometeu "abrir um inquérito para apurar causas e responsabilidades", segundo um comunicado publicado pelo governo guineense na sua conta do Facebook.

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