"Insto respeitosamente a que não convide o Conselho Europeu a decidir sobre estes assuntos em dezembro, uma vez que a evidente falta de apoio vai conduzir inevitavelmente ao fracasso", escreveu Orban em carta dirigida ao presidente do órgão comunitário, Charles Michel, que vai reunir os chefes de Estado e governo dos 27 Estados membros.
Na missiva, Orban refere-se à "expectativa" de que nessa reunião "o Conselho Europeu pode e deve decidir sobre o início de negociações de acesso com a Ucrânia".
Porém, acrescentou, "dado o atual nível de preparativos políticos e técnicos, essas expectativas são infundadas".
O chefe do governo húngaro é considerado o melhor aliado da Federação Russa entre os líderes da UE, sendo um opositor do envio de ajuda militar para a Ucrânia se defender a agressão russa.
Orbán insiste em que os 27 Estados membros da UE estão muito longe de um consenso sobre o quadro financeiro plurianual para o período 2021-2027, no qual está prevista uma verba de 50 mil milhões de euros para a Ucrânia.
A Hungria é, juntamente com a Turquia, o único Estado da NATO a não ter prestado ajuda militar à Ucrânia.
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